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PRF ainda registra 118 trechos interditados em rodovias brasileiras

Em São Paulo, a tropa de choque usou bombas de efeito moral e jatos d'águas para dispersar manifestantes

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No terceiro dia de protestos de apoiadores de Jair Bolsonaro, contra o resultado das eleições, pelo menos 118 trechos de rodovias permanecem parcialmente interditados e 27 bloqueados, em 16 estados brasileiros, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Na Rodovia Castelo Branco, que liga a capital paulista ao interior, houve confronto entre a Tropa de Choque e manifestantes bolsonaristas, que pediam um golpe militar no país.

Por volta das 10 da manhã, os policiais começaram a avançar em direção ao bloqueio feito pelo grupo, atirando bombas de efeito moral. Jatos d'água também foram disparados contra duas pessoas que tentaram enfrentar os policiais.

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E de repente, uma correria. E mais bombas. Até que, finalmente, a estrada foi liberada. Depois da ação da Tropa de Choque, o protesto foi encerrado. Contudo, alguns manifestantes continuaram no local. Por isso, o reforço policial foi mantido durante toda a tarde.

De madrugada, uma barricada com pneus em chamas bloqueou a Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Sul do país.

Em Franca, no interior do estado, policiais rodoviários prestaram continência aos manifestantes ao invés de liberar a pista. O comando da Polícia Militar informou que a Corregedoria investiga a atuação dos policiais.

Já os torcedores do Corinthians, a caminho do jogo do clube no Rio de Janeiro, não tiveram dificuldade para acabar com os bloqueios na Marginal Tietê e na Via Dutra. "A via não vai obstruir não. Tiro os caminhões daqui já, as carretas, certo? Agora, nós estamos indo embora, todo mundo na paz", conta um corinthiano.

Integrantes da Mancha Verde, do Palmeiras, fizeram o mesmo na Castelo Branco. "Está todo mundo indo embora lá. Nós liberamos mais uma rodovia aqui", indica um palmeirense.

Manifestantes que não aceitam o resultado das eleições se concentraram também em frente ao quartel do Comando Militar do Sudeste, na região do Parque do Ibirapuera, Zona Sul da capital paulista.

Além disso, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, a porta de outro quartel do Exército foi ocupada. Em Jundiaí, no Interior do estado, pessoas também protestaram diante de uma unidade do Exército, às margens da Rodovia Anhanguera. Em Jaú, também no Interior, mais uma concentração. Em Campinas, o protesto foi em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Exército.

Nos terminais rodoviários do Tietê, o maior da América Latina, e da Barra Funda, cerca de 1.400 partidas foram canceladas desde 2ª feira (31.out) até a madrugada desta 4ª feira (02.nov). Segundo a empresa responsável pela administração, a venda de passagens voltou ao normal.

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