Unicef aponta para queda "brusca" na vacinação infantil no Brasil
Cenário deixa crianças expostas a doenças antes erradicadas no país, como o sarampo
Camila Stucaluc
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontam que o Brasil vem sofrendo uma queda brusca na taxa de vacinação infantil, passando de 93,1%, antes da pandemia de covid-19, para 71,49% atualmente. O número coloca o país entre as dez nações com menor cobertura vacinal do mundo.
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Segundo a entidade, o cenário deixa as crianças expostas a doenças antes erradicadas, como o sarampo. Outra preocupação é com a poliomielite, eliminada no Brasil em 1989. Isso porque, desde agosto, apenas 65,6% do público-alvo foi imunizado contra a doença, cifra inferior aos 95% requisitados pelo Ministério da Saúde.
"Desde o dia 7 de agosto, temos feito um apelo à nação brasileira para que levem suas crianças com menos de cinco anos para completar o esquema vacinal da pólio e a meta é de 95% de cobertura vacinal, das cerca de 15 milhões de crianças que são aptas a receber essas vacinas", disse o ministro Marcelo Queiroga.
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Nesta semana, líderes de 11 países e de seis entidades confirmaram US$ 2,6 bilhões em financiamento para erradicar a poliomielite no mundo. O montante será responsável pela vacinação de 370 milhões de crianças anualmente até 2027, além de continuar com a vigilância da doença em 50 países.