MP do Pará pede provas sobre crimes citados por Damares

O Ministério Público Estadual no Pará enviou ofício à ministra da Mulher, da Família e dos Direito Humanos, Cristiane Britto, nesta 3ª feira (11.out) solicitando documentação existente sobre supostos crimes cometidos contra crianças em Marajó (PA), para eventuais apurações sobre os fatos.

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O motivo da solicitação é uma declaração feita pela ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos), em um templo evangélico, no último sábado (8.out), em Goiânia: segundo Damares, senadora eleita pelo Distrito Federal, o governo Bolsonaro descobriu que crianças brasileiras de 3 e 4 anos foram traficadas na Ilha de Marajó (PA), tiveram os dentes arrancados para "não morderem na hora do sexo oral" e "comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal", e, após a descoberta, o presidente da República afirmou "vamos atrás de todas elas", mas "o inferno se levantou contra esse homem" por causa disso.

O Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do MP do Pará e os promotores de Justiça do Polo Marajó II pediram registros dos fatos narrados que teriam sido descobertos pela comitiva presidencial em visita a Marajó. O objetivo é que "os relatos sejam investigados e, todas as providências cabíveis  possam ser adotadas". 

Segundo o MP do estado, Marajó vive uma "realidade sensível" e há um "fortalecimento institucional naquela região, bem como na ampla mobilização social em prol dos direitos humanos sexuais e reprodutivos de crianças e adolescentes". 

"Os promotores subscritores do ofício, até o presente momento, não dispõem de qualquer denúncia formal ou prova referente  ao conteúdo dos fatos narrados no vídeo, aguardando resposta ao ofício para adoção das medidas cabíveis."

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