Quase 300 pousos e decolagens em Congonhas foram cancelados após incidente
Passageiros devem guardar todos os comprovantes de gastos no período para pedir indenizações
SBT News
Quase 300 voos foram cancelados no Brasil por conta do incidente com um avião de pequeno porte no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que teve a pista interditada por nove horas no domingo (9.out).
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Pelo menos 233 voos que decolavam ou pousavam em Congonhas foram cancelados só no domingo, outros 58 até às 17h desta 2ª feira (10.out).
Segundo o Ministério da Infraestrutura, os passageiros afetados devem guardar todos os comprovantes de gastos neste período para reivindicar indenizações.
O Procon orienta que, em caso de atraso de até uma hora, a companhia aérea deve fornecer comunicação aos passageiros como internet ou telefone. Em atrasos superiores a duas horas, o consumidor também deve receber recursos para se alimentar no aeroporto, e a partir de quatro horas os benefícios devem incluir hospedagem e transporte do passageiro.
A Infraero informou que a demora para a retirada da aeronave da pista aconteceu porque o aeroporto não tinha o equipamento necessário, uma prancha para remoção. Especialistas em segurança de voo dizem que, apesar do tamanho do problema e a proporção que ele tomou, isso é mais comum do que se pensa.
No caso de aviões particulares, a responsabilidade pela remoção é do dono da aeronave.
Agentes do Cenipa, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, já foram acionados para investigar o incidente deste domingo.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destacou a importância de restringir a operação desse tipo de aeronave menor em Congonhas.
"A restrição de aviões de pequeno porte na pista principal de Congonhas, principalmente em horários de pico, é uma preocupação antiga da ABEAR e de suas associadas, que em 29 de setembro enviaram ofício à INFRAERO recomendando a adoção definitiva dessa medida, visto que os impactos causados por incidentes na pista principal de um aeroporto de grande porte impactam milhares de passageiros em todo o Brasil. A estimativa da ABEAR considera, ainda, prejuízos financeiros que ultrapassam milhões de reais", diz a associação.
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