Justiça autoriza soltura de suposto mandante do assassinato de Bruno e Dom
Colômbia foi preso em julho portando um documento falso; ele nega envolvimento nas mortes
A Justiça Federal do Amazonas autorizou a soltura de Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como "Colômbia", apontado como o suposto mandante do crime contra o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, assassinados a tiros quando voltavam de uma viagem pelo rio Itacoaí, no dia 5 de junho. A decisão foi expedida na 5ª feira (06.out).
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Preso em julho portando um documento falso, Colômbia, que também é suspeito de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal na reserva indígena Vale do Javari, até o momento, segue preso por conta de outro mandado de prisão. O documento aponta uma participação dele em uma associação armada ligada à pesca ilegal. Em depoimento à Polícia Federal, ele negou envolvimento nas mortes de Dom e Bruno, alvo de constantes ameaças por seu trabalho em conjunto com indígenas e contra invasores na região.
No dia 24, Colômbia passará por uma nova audiência, em que tentará reverter a sua prisão. A informação foi divulgada ao jornal O Globo pela defesa do réu, que argumenta que, por ter residência fixa e ser empresário no ramo da pesca, não haveria motivo para a manutenção da prisão.
Segundo a Vara Federal Cível e Criminal de Tabatinga, Ruben Villar ficará em prisão domiciliar, e será encaminhado para o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, ele deverá pagar a fiança de R$ 15 mil, e não poderá deixar a cidade de Manaus. A defesa dele nega os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips.
O Ministério Público Federal recorreu da decisão, se posicionando contrário à soltura de Colômbia. Réu confesso do crime, Amarildo Costa de Oliveira, o "Pelado", continua preso, assim como os suspeitos Jeferson da Silva Lima, "O Pelado da Dinha", e Oseney da Costa de Oliveira, o "Dos Santos", irmão de Amarildo.
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