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Brasil

Alerta de desmatamento na Amazônia registra alta de 47,7% em setembro

Dados do Inpe também apontam para 1.455 km² de devastação

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No acumulado do ano, a área de alertas de desmate já chega a ser 4,5% maior do que a verificada até dezembro do ano passado | Greenpeace
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O desmatamento na Amazônia continua crescendo exponencialmente. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que, em setembro, foram registrados 1.455 km² de devastação, cifra que representa alta de 47,7% em relação ao mesmo período de 2021 e empata com 2019 (1.454 km²), até então recorde para o mês.

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No acumulado do ano, a área de alertas de desmate já chega a ser 4,5% maior do que a verificada até dezembro do ano passado. Segundo o Observatório do Clima, o receio é que, com os próximos três meses, os dados igualem ou até superem o recorde histórico de 2019, quando 9.178 km² de área foram destruídos.

Em relação às queimadas, houve um salto de 147% no bioma quando comparado ao mesmo período do ano passado, sendo o maior número para o mês desde 2010. O Pará concentrou o maior número de focos de incêndio, sendo 30,8% (12.696) do total registrado. Em seguida, ficaram o Amazonas (8.659) e Mato Grosso (6.950).

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Convertida em gás carbônico, a devastação detectada em setembro representa a emissão de 70 milhões de toneladas, o equivalente às emissões anuais da Áustria. "O mundo tem 84 meses para cortar as emissões de gases de efeito estufa quase à metade se quiser ter uma chance de resolver a crise climática", alertou Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

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