Amazônia registra alta de 147% no número de queimadas em setembro
Levantamento do Inpe mostra Pará e Amazonas como líderes no ranking de focos de calor
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Os focos de calor na Amazônia continuam aumentando significativamente. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em setembro, houve um salto de 147% no número de queimadas no bioma quando comparado ao mesmo período do ano passado. A cifra é a maior para o mês desde 2010.
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Enquanto setembro de 2021 registrou 16.742 focos de calor, neste ano houve 41.282. O Pará concentrou o maior número de queimadas, sendo 30,8% (12.696) do total registrado. Em seguida, ficaram o Amazonas (8.659), que teve o mês com recorde de queimadas desde 1988, Mato Grosso (6.950), Acre (6.693) e Rondônia (5.354).
Apesar de alto, o número já era esperado. Isso porque, em meados de setembro, o Inpe já havia apontado que a quantidade de queimadas identificadas em 18 dias do mês (75.592) superou o registrado em todo o ano de 2021 (75.090). Além da época seca no bioma, conhecido como "verão amazônico", especialistas denunciam o aumento das grilagens.
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"Não podemos mais compactuar com essa política de destruição que acontece na Amazônia", disse Rômulo Batista, porta-voz da Amazônia do Greenpeace Brasil. Segundo ele, é preciso implementar melhores políticas ambientais e reforçar a fiscalização de grilagem, bem como da exploração de terras indígenas.