Desmatamento na Amazônia já chega a quase 8 mil km² em 2022
Extração de madeira e queimadas impulsionam degradação florestal
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O desmatamento na Amazônia registrou o pior acumulado dos últimos 15 anos. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta 6ª feira (16.set), em agosto, 1.415 km² de floresta foram derrubados - área quatro vezes maior do que Belo Horizonte -, totalizando quase 8 km² de destruição desde o início do ano.
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Outro ponto destacado foi a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas, que cresceu 54 vezes na região em relação ao mesmo mês do ano passado. A área degradada passou de 18 km², em agosto de 2021, para 976 km² em agosto deste ano, cifra que representa alta de 5.322%.
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Assim como registrado nos meses anteriores, o Pará está em primeiro lugar do ranking de estados que mais desmataram no período, com 647 km² derrubados (46% do total derrubado). Em seguida, ficaram Amazonas (289 km²) e Acre (173 km²), que contabilizaram, respectivamente, 20% e 12% de todo o desmate no bioma.
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"Já passamos da metade do ano e o que vem acontecendo são recorrentes recordes negativos de devastação da Amazônia, com o aumento no desmatamento e na degradação florestal. E infelizmente temos visto ações insuficientes para combater esse problema", diz Bianca Santos, pesquisadora do Imazon. Ela alerta ainda para o avanço do desmatamento em florestas públicas não destinadas.