"O ditador tinha que ser eu", diz Bolsonaro sobre Moraes a empresários
Presidente não citou ministro diretamente, mas fez referência a decisão que autorizou operação da PF
Ana Carolina Guilherme
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar, dessa vez indiretamente, a operação da Polícia Federal contra empresários realizada no início da semana. Durante cerimônia de inauguração do auditório da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta 6ª feira (26. ago), ele afirmou que "o ditador tinha que ser eu, e não alguém que tinha a obrigação de defender a nossa Constituição", em referência ao ministro Alexandre de Moraes, que decidiu pela operação da PF. O nome do ministro, no entanto, não foi divulgado.
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Bolsonaro também rebateu uma afirmação dada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista ao Jornal Nacional, na 5ª feira. O presidente disse que "não tem filé mignon para todo mundo", contrapondo a declaração petista de Lula, de que "o povo tem que voltar a comer um churrasquinho", citando picanha.
As declarações foram dadas em um discurso a empresários, ao lado de ex-ministros que estão como candidatos nesta eleição. Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está na disputa ao governo de São Paulo e Marcos Pontes (PL), candidato ao Senado. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também estava no evento.
Durante sua fala, o candidato a presidência, citou o preço da gasolina e disse continuar buscando solução para este problema. "O mundo todo está sofrendo com isso, mas nós temos a gasolina mais barata do mundo", afirmou.
Bolsonaro também exaltou feitos do governo: "Levando-se em conta a pandemia, nós estamos muito bem, olha os números, praticamente voltamos a normalidade. O avião está decolando".
O presidente passa o resto do dia cumprindo agenda em São Paulo e a noite viaja para Barretos, no interior paulista, onde visita a tradicional festa rodeio da cidade.