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Brasil

Ministério Público investiga esquema de lavagem de dinheiro no Ceperj

Funcionários contratados temporariamente sacaram mais de R$ 200 milhões em espécie, em apenas um ano e meio

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Fachada do prédio do Ceperj
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga um esquema milionário de desvio de dinheiro às vésperas das eleições. O Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj) é alvo de investigação.

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A ação civil ajuizada pelo MP contra o órgão e o Governo do Estado traz detalhes de como tudo acontecia. O dinheiro era desviado por meio de folhas de pagamentos milionárias. Os prestadores de serviço contratados pela fundação poderiam receber os valores direto da boca do caixa do banco. Só de janeiro a julho deste ano, foram pagos mais de R$ 109 milhões para contratados para o projeto Esporte Presente.

O documento traz ainda que, ao todo, os projetos geraram despesas de mais de R$ 288 milhões, durante todo o ano de 2021, e principalmente de janeiro a julho de 2022. Também chama atenção que os contratados, que não tiveram os nomes publicados em Diário Oficial, podiam receber por transferência bancária e outros meios de pagamento, mas 91% dessas operações foram feitas na boca do caixa, em dinheiro vivo.

No último domingo (31.jul), a promotoria pediu à Justiça que o Ceperj e o Governo do Estado evitem contratar pessoas e que divulguem todas as contratações e remunerações no portal eletrônico. No pedido de urgência, os promotores também requisitaram que o banco onde os pagamentos aconteciam deixe de cumprir as ordens emitidas pelo Ceperj.

A investigação do Ministério Público diz também que, a partir de 2021, o Ceperj se transformou na maior contratadora de mão de obra temporária para diversos órgãos do estado. Foram mais de 18 mil pessoas. O MPRJ pediu aindaque seja aplicada uma multa contra o Governo do Rio, o Ceperj e o banco onde eram realizadas as ordens de pagamento.

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