Série de reportagens sobre corrupção no MEC no governo Bolsonaro vence prêmio
Matérias foram elaboradas pelos jornalistas André Shalders e Breno Pires, entre outros
Guilherme Resck
A série de reportagens A corrupção e a má gestão no MEC durante o governo Jair Bolsonaro, veiculada no jornal O Estado de S. Paulo, venceu a terceira edição do Prêmio Não Aceito Corrupção na categoria Jornalismo Investigativo, introduzida neste ano.
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As matérias foram elaboradas pelos jornalistas André Shalders, Breno Pires, Julia Affonso, Felipe Frazão e Renata Cafardo e culminaram na saída de Milton Ribeiro do comando do Ministério da Educação ao mostrar que havia na pasta um gabinete paralelo comandado por pastores que interferia na liberação de verbas.
Julia Affonso recebeu o prêmio no palco, na cerimônia desta noite. A entrega foi feita pela advogada Daniela Libório, o jurista Miguel Reale Júnior e a magistrada Eliana Calmon, além dos integrantes da diretoria do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac) - Roberto Livianu, Davi lago e Rodrigo Bertoccelli.
Em discurso, a jornalista ressaltou que a "a imprensa tem vivido muitos ataques, em tempos de fake news" e que, portanto, inciativas como a premiação são importantes para valorizar o trabalho dos veículos informativos. Além disso, disse que a série de reportagens vencedora é "um grande exemplo" de que jornalismo é trabalho em grupo.
Foi transmitida na cerimônia ainda uma declaração de André Shalders. Para ele, é "inaceitável" existir corrupção como a mostrada pelas reportagens em "um país que quer ser democrático, como o Brasil". Em segundo e terceiro lugar na categoria Jornalismo Investigativo ficaram, respectivamente, a série de reportagens sobre o chamado orçamento secreto, do jornalista Breno Pires e veiculada no Estado de S. Paulo, e O Lado Cinza dos Marketplaces, série veiculada no AIoT Brasil e escrita por Daniel dos Santos Filhos.
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