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Brasil

Varíola dos macacos: Queiroga diz que Brasil "fez o dever de casa" desde 1º caso

Ministro afirma que não há previsão de vacinação em massa e reitera que homossexuais são grupo de risco

Imagem da noticia Varíola dos macacos: Queiroga diz que Brasil "fez o dever de casa" desde 1º caso
Marcelo Queiroga diz que o Brasil está preparado para casos de varíola dos macacos | Walterson Rosa/MS
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O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta 2ª feira (25.jul), que o Brasil já está preparado e vem fazendo o "dever de casa desde o primeiro rumor, desde o primeiro caso suspeito [de varíola dos macacos]". A declaração do chefe da pasta ocorreu durante evento sobre Vigilância, Alerta e Resposta a Emergências em Saúde Pública (VIGIAR), realizado em Brasília, e transmitido ao vivo pelo canal do ministério no Youtube. 

Queiroga disse ainda que o país preparou a estrutura do Sistema Único de Saude (SUS) para fazer o diagnóstico na rede pública, e elencou as unidades de análise disponíveis. "Temos quatro laboratórios hoje com a capacidade de realizar o diagnóstico: o Instituto Adolfo Luther, a Funed, em Minas Gerais, a Fundação Oswaldo Cruz e o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro", afirmou.

O ministro, porém, não citou a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS), que no último sábado (23.jul) classificou a doença como situação de emergência de saúde pública global.

Apesar do crescimento do contágio, Queiroga admitiu durante o evento que não há previsão de vacinação em massa no Brasil contra a varíola dos macacos. Segundo ele, o imunizante deverá ser aplicado primeiro em grupos específicos, como profissionais de saúde expostos ao vírus. O Ministro da Saúde adiantou também que já há negociação com uma empresa da Dinamarca, a única que fabrica o imunizante, porém não há doses disponíveis no curto prazo.

Grupo de risco

O ministro da Saúde reiterou ainda, conforme já ventilado em artigos científicos americanos, que homens homossexuais são considerados grupo de risco para a varíola dos macacos. "Essa doença [varíola dos macacos] especialmente homens que fazem sexo com homens. Não digo isso para estigmatizar ninguém", afirmou Queiroga, quando se manifestava sobre grupos de risco, citando em seguida gestantes e crianças. 

Até o momento, a doença não foi descrita oficialmente como infecção sexualmente transmissível. Mas de fato, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido detectou maior ocorrência em homens que fazem sexo com homens. A constatação levou o órgão a pedir que essas pessoas fiquem mais atentas a coceiras ou lesões de pele, principalmente na região anal e genital.

A principal forma de infecção é o contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou objetos utilizados por alguém contaminado. Até o momento, a varíola dos macacos teve casos confirmados em 16 mil pacientes espalhados por 74 países, segundo a OMS. No Brasil, o Ministério da Saúde calcula cerca de 600 casos, a maioria em São Paulo. 

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