Ciro Gomes, Simone Tebet e Luciano Bivar lamentam crime no Paraná
Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), "líderes políticos devem combater o ódio"
Pré-candidatos à presidência da República repercutiram neste domingo (10.jul) a morte do guarda municipal e militante do Partido dos Trabalhadores, Marcelo Arruda, baleado enquanto comemorava o aniversário de 50 anos, em um clube em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele era filiado ao PT e fez uma comemoração temática com bolo, bandeiras e cores do partido e foto do ex-presidente Lula.
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Marcelo foi morto a tiros pelo policial penal federal Jorge José Guaranho. Segundo testemunhas, Guaranho, que não era convidado da festa, chegou gritando "aqui é Bolsonaro", antes de efetuar dos disparos. Também armado, Arruda teria reagido e morreu no tiroteio.
Pelas redes sociais, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes, do PDT, lamentou o crime. Para ele, o "ódio político precisa ser contido".
É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas.
? Ciro Gomes (@cirogomes) July 10, 2022
Em nota, a também pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) disse que ""esse tipo de situação escancara de forma cruel e dramática o quão inaceitável é o acirramento da polarização política que avança sobre o Brasil. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando. Tenho certeza que nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana suficientemente sólido para reconstruir o Brasil. Que o caso de Foz do Iguaçu faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política", afirmou Tebet.
Pelas redes socias, o diretório nacional do MDB lamentou o episódio. Leia:
O MDB condena qualquer tipo de violência motivada por questões política. Vencemos uma ditadura por meio da palavra e do protesto contra injustiça. Todas as autoridades precisam dar exemplo.
? MDB Nacional (@MDB_Nacional) July 10, 2022
Já Luciano Bivar (União), pré-candidato à Presidência afirmou que é "inadimissível onde chegamos". "Esta doença 'política' contaminou nossa gente, até aqueles que amamos lá na casa da esquina", afirmou.
Inadimissível onde chegamos. Esta doença "política" contaminou nossa gente, até aqueles que amamos lá na casa da esquina.
? Luciano Bivar (@bivaroficial) July 10, 2022
Vejam a reportagem abaixo:https://t.co/byaJqV41G8
Também pelo Twitter, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse que o caso "é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie". E completou:
A convivência com o contraditório deve ser mais do que respeitada. Deve ser preservada e estimulada, pois é dessa forma que podemos, por meio de diálogo e busca de consensos, evoluir para um país melhor.
? Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) July 10, 2022
Duas vidas perdidas na tragédia. Meus sentimentos sinceros aos familiares.
As lideranças da Minoria e da Oposição na Câmara dos Deputados publicaram uma nota conjunta sobre o assassinato do dirigente político Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR). O texto diz que "não é possível que uma pessoa investida da responsabilidade institucional e constitucional de promover a paz entre os brasileiros seja o maior incitador à violência política no país e se manifeste neste sentido praticamente todos os dias".
E concluem afirmando que "os órgãos responsáveis pela segurança pública precisam estar com a vigilância redobrada para evitar a repetição de incidentes como estes, que não podem ser considerados fatos isolados, pois são resultado direto da disseminação sistemática do ódio como prática política."
Também em nota, o grupo "Prerrogativas", formado por advogados, juristas, artistas e professores, escreveu que o amor vai vencer o ódio. "Resistiremos, para reconstruir e reconciliar o país". O coletivo disse ainda que desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (PL) o governo tem estimulado a compra de armas e a criação de inimigos políticos.
O grupo se solidarizou com a família do guarda municipal assassinado e pediu que "todos os democratas que se levantem contra a intolerância que avança sobre nosso país."