Associação Nacional dos Delegados da PF repudia postura do governo
Em nota, ADPF e outras entidades reclamam da falta de reestruturação das carreiras
Edney Freitas
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) repudiaram nesta 3ª feira (5.jul) a "condução e a posição do governo federal durante a discussão da reestruturação das forças de segurança".
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Em nota, as entidades afirmaram que o governo Bolsonaro "não cumpriu o compromisso" com as categorias e que houve "descaso, desprestígio e desvalorização".
"A despeito de todo o retorno que a Polícia Federal proporciona ao Estado, ano após ano, do sacrifício diário de seus policiais nas fronteiras, no combate ao tráfico de drogas, no combate ao crime organizado e à corrupção, hoje os policiais federais possuem menos direitos e salários menores do que antes da atual gestão. Há ainda a questão da perda de proteção à família do policial morto e outros absurdos em decorrência da reforma da previdência, bem como outras propostas de ataque ao serviço público", informou a nota.
Outro trecho destaca que, para a ADPF, houve "um ataque aos direitos dos policiais federais com a reforma da previdência, bem como várias tentativas de centralizar as decisões sobre a cadeia de comando do órgão" diz a nota.
Em 7 de junho, durante entrevista ao SBT News, no programa "Perpectivas", com Débora Bergamasco, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que não haverá reajuste salarial de servidores públicos neste ano. "Lamento, pelo que tudo indica. Não será possível dar nenhum reajuste usando corrente ano, mas já está na legislação nova, comandada pelo parlamento, de que para o ano que vem teremos reajustes e reestruturações", afirmou o presidente. Veja a íntegra: