Grupo que promove loteamento clandestino em Cotia é alvo de policiais
Ações ilegais aconteciam no Parque das Nascentes e tinham auxílio de agentes públicos
Policiais militares realizaram, na manhã desta 6ª feira (24.jun), a operação Nerthus, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável pelo loteamento clandestino de solo e corrupção ativa em Cotia, na Região Metropolitana de São Paulo. A ação também conta com membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais civis.
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São cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão em Cotia e em outras localidades, como a capital paulista, Sumaré, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista. Dentre os presos estão um policial militar e um policial civil, enquanto outros três secretários municipais são alvos de busca e apreensão.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), a investigação teve início em 2020, após a realização de uma outra operação policial. Na data, foi identificado que um grupo criminoso atuava desde meados de 2018 no Parque das Nascentes, local que apresenta grande relevância ambiental por abarcar 13 nascentes e respectivos cursos d?água.
A região, no entanto, vem sendo alvo da organização criminosa, que passou a implantar loteamentos clandestinos. "Para o esquema, os integrantes utilizavam mecanismos agressivos de desmonte ambiental, o assim denominado ?correntão?. Além de gravemente lesivo à flora, a prática resulta em alta mortandade de animais, que não conseguem fugir", informou o MPSP.
Foi constatado, ainda, que o êxito da atividade criminosa depende da conivência e participação de agentes públicos e políticos, que ocorre por meio de atos de corrupção.
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"A Prefeitura de Cotia informa que a operação ainda está em curso e que acompanha o andamento dos trabalhos. A administração municipal está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários. Tão logo tenha acesso aos autos, poderá se pronunciar sobre o assunto", informou a gestão municipal.