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Veja momento em que 4º suspeito de morte de Bruno e Dom é preso em SP

Polícia Civil pediu prisão temporária de Gabriel Pereira Dantas depois dele se entregar voluntariamente

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Gabriel Pereira Dantas
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A Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão temporária de Gabriel Pereira Dantas, após ele se apresentar voluntariamente nesta 5ªfeira (23.jun), alegando ter participado dos assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira. 

O suspeito foi encaminhado ao 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, na região central de São Paulo, depois de apresentar-se à policiais militares na Praça da República. Em depoimento, Gabriel contou que participou do assassinato e ajudou a esconder os corpos de Dom e Bruno. Mencionando "Pelado", como é conhecido o pescador Amarildo da Costa Oliveira -- assassino confesso da dupla -- Gabriel disse à polícia que é natural de Manaus, mas estava em Atalaia do Norte desde maio, pois é jurado de morte pela facção criminosa Comando Vermelho. 

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No dia do assassinato, 5 de junho, ele e Pelado bebiam em um bar quando o pescador lhe chamou para sair de canoa. Ambos percorriam o rio quando pescador avistou o barco "voadeira" das vítimas e conseguiu alcança-los. Assim que emparelharam os barcos, Gabriel conta que o pescador tirou uma espingarda 16 mm e apontou para os dois. Pelado teria atirado primeiro em Dom e depois em Bruno, a uma distância de aproximadamente três metros.

Ele conta que, em seguida, rebocaram o barco das vítimas. Pelado cobriu o corpo dos dois para não chamar atenção e foi chamar outros dois indivíduos ribeirinhos, que vieram para ajudá-los.

À polícia, Gabriel disse não conhecer os outros suspeitos, apenas que um deles era parente de Pelado. Também disse que os quatro rebocaram a embarcação e os corpos para uma área mais afastada e ele ficou responsável por se livrar dos itens pessoais de Dom e Bruno enquanto os outros cuidavam dos corpos das vítimas e do barco. 

Declarou que na volta do local, Pelado chamou Dom de "aquele gringo safado e talarico" e prometeu não entregá-lo. Gabriel afirmou à polícia que acredita que a motivação do assassinato tenha sido uma interação de Dom com a esposa de Pelado e que o Bruno teria morrido "de graça" só para não incriminá-lo.

Questionado sobre como teria chegado em São Paulo, Gabriel informou que pegou carona com um caminhoneiro em Rondonópolis. Ele soube fornecer o número à polícia, que entrou em contato com o homem, que confirmou a história. Gabriel teria viajado de carona de Rondonópolis até Mococa, litoral de São Paulo, na casa do caminhoneiro, onde tomou banho, lavou suas roupas e se alimentou. Os dois se separaram na capital paulista, depois do motorista ajudar Gabriel com R$ 150. Questionado sobre o porquê de estar se entregando, ele afirmou que era usuário de cocaína porém não tinha intenção de matar ninguém e estava com sentimento de culpa e peso nas costas, pois tem filhos pequenos. 

Face ao exposto, a delegada Maria Cecilia Castro Dias, do 77º Distrito Policial, pediu a prisão temporária diante a existência de fundadas razões de autoria de crime de homicídio qualificado.

Também nesta 5ª, os corpos do jornalista britânico e do indigenista brasileiro foram enviados, respectivamente, ao Rio de Janeiro e ao Recife. 

O Instituto de Criminalística da PF afirma que prosseguirá com as investigações sobre o caso. Nos próximos dias, os peritos devem se concentrar nos vestígios dos assassinatos. 

Na última 3ª feira (21.jun), o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", participou de reconstituição do crime, nos locais do assassinato.

Segundo ele, o autor dos disparos contra Bruno Pereira e Dom Phillips foi Jefferson da Silva Lima, terceiro preso do caso."Pelado da Dinha", como é conhecido Jefferson, teria discutido com Bruno, no rio, enquanto pescava pirarucu. Dom Phillips teria sido morto depois, quando a embarcação das vítimas estava parada nas margens do rio Itacoaí.

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