Consumo de energia elétrica no Brasil tem alta de 1,2% em maio
Rondônia foi a unidade federativa com o maior crescimento no consumo no mês passado
O volume de energia elétrica consumida no Brasil, em maio, foi de 63.169 megawatts (MW) médios, segundo dados preliminares divulgados nesta 2ª feira (20.jun) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O número representa um crescimento de cerca de 1,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado, O consumo cresceu em fevereiro, março e abril deste ano também.
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De acordo com a CCEE, "o avanço tem sido motivado principalmente pelos setores da indústria e as grandes empresas, como shoppings e redes de varejo, que compram energia no mercado livre". Neste segmento, o consumo cresceu 5,8%, em maio, ante o registrado no quinto mês de 2021. Dessa forma, no mês passado, o mercado livre representou quase 37% do total de energia consumida no Brasil.
A CCEE avalia que o crescimento "é sinal da retomada de setores importantes da economia, sobretudo o de Serviços, e do bom momento para as exportações". No mercado regulado, por outro lado, houve queda de 1,3% no consumo em maio (ficando em pouco mais de 40 mil MW), em comparação com o mesmo período do ano passado. É nele que as pequenas e médias empresas e as residências compram energia por meio das distribuidoras.
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Segundo a CCEE, o segmento "foi muito afetado pela queda das temperaturas em boa parte do Brasil a partir da segunda quinzena do mês, incomum para este período do ano". A Câmara acrescenta que se excluir as cargas que alteraram seu regime de contratação (do mercado regulado para o livre ou vice-versa) nos últimos 12 meses, é constatada uma alta menor no consumo de energia do ambiente livre: 2,7%; e, em vez de queda, um crescimento de 0,4% no regulado.
Outro dado destacado é que se não houvesse uso de painéis solares, o consumo no mercado regulado, em maio, teria subido 0,5%. No mercado livre, ao desconsiderar a migração de cargas, o setor que apresentou o maior aumento no consumo de energia no último mês, frete ao mesmo período de 2021, foi o de Madeiras, Papel e Celulose (20,6%). Na sequência, ficaram Serviços (12,8%) e Bebidas (7,8%). As principais diminuições no consumo, por sua vez, foram apresentadas pela indústria Têxtil (1,7%), o Comércio (1,7%) e o setor de Químicos (2,1%).
Já ao considerar a migração, Madeira Papel e Celulose (22,6%) e Serviços (22,6%) tiveram os principais crescimentos, e Químicos (1%) e Têxteis (0,3%), as maiores baixas Em relação às unidades federativas, Rondônia teve a maior alta no consumo (14%), e Mato Grosso do Sul, a maior baixa (6%). No país, as hidrelétricas geraram 11,1% mais energia em maio deste ano do que no mesmo mês de 2021, por causa de um cenário hidrológico mais favorável. Assim, diz a CCEE, "o despacho de termelétricas foi menor e esse tipo de fonte recuou 37,2%". A geração fovoltaica e eólica avançaram 52,6% e 10,5%, respectivamente.
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