Número de refugiados da Ucrânia devido à guerra ultrapassa 7 milhões
Maioria do grupo continua procurando abrigo em países fronteiriços, como Polônia e Hungria
Camila Stucaluc
O número de refugiados ucranianos no mundo ultrapassou a marca dos 7 milhões, nesta 5ª feira (9.jun), devido ao avanço das forças russas no país. De acordo com o programa de monitoramento da Organização das Nações Unidas (ONU), mais da metade do grupo é composto por mulheres e crianças, enquanto milhares de cidadãos são procedentes de outras nacionalidades.
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Assim como registrado desde o início do conflito militar, a Polônia continua sendo o país que mais recebe refugiados procedentes da Ucrânia, contabilizando mais de 3,8 milhões de pessoas. Outras nações como Hungria (731 mil), Romênia (613 mil), Moldávia (491 mil) e Eslováquia (484 mil) também seguem recepcionando os civis, assim como regiões russas (1,1 milhão).
Do número, 4,8 milhões de refugiados estão registrados na Europa, enquanto 3,2 milhões foram inscritos em programas de proteção. Membros da ONU estimam, no entanto, que a marca de civis em situação de refúgio deve ultrapassar os 8 milhões em breve, caso a Rússia e a Ucrânia continuem prorrogando as negociações de cessar-fogo, que estão congeladas desde março.
A projeção é o dobro da primeira feita pela entidade no início da ofensiva, em 24 de fevereiro, quando 4 milhões de deslocados eram esperados. Na data, o número já era considerado como a maior movimentação de migrantes na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, que teve início no ano de 1939 e foi encerrada em 1945.
No início da semana, o Conselho de Segurança da ONU voltou a alertar sobre o aumento de casos de violência sexual na Ucrânia, que já conta com 124 denúncias em diversas cidades que permanecem em conflito. Outro ponto analisado foi o tráfico humano, uma vez que falsos voluntários aproveitam de pessoas em situação de vulnerabilidade e acabam explorando as vítimas.
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Durante a reunião, a representante especial sobre violência sexual em conflito, Pramila Patten, afirmou que os dados disponíveis representam "apenas a ponta do iceberg". "Não precisamos de dados concretos para uma resposta humanitária ampliada, nem para que todas as partes apresentem medidas preventivas", disse ela.
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