Casos de crianças com doenças respiratórias disparam em maio
Em hospital da capital paulista, atendimentos tiveram aumento de 128% no mês
Luciano Teixeira
A ocorrência de doenças respiratórias virais costuma ser maior no outono. Agora em maio, os atendimentos em alguns hospitais e pronto-socorros pediátricos mais que dobraram. Em muitos casos, ocorrem as chamadas infecções de repetição, quando a criança melhora de uma doença e, na sequência, pega outra.
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A fisioterapeuta Amanda de Souza Costa é mãe da Catarina, de seis meses, e está preocupada. Desde maio, a bebê está com coriza, tosse e nariz congestionado: "a minha preocupação é evoluir pra uma bronquiolite, que é muito comum nessa fase que ela tá".
Em um hospital infantil da capital paulista, os atendimentos a crianças com problemas respiratórios subiram 128% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. A situação é parecida em outros lugares, como em Curitiba, onde a procura quase dobrou em algumas unidades especializadas. A maioria dos atendimentos tem relação com casos de gripe, bronquite, resfriado e viroses.
Segundo os especialistas, é normal o aumento de infecções respiratórias nos meses mais frios, mas agora, em 2022, a alta dessas doenças tem chamado mais a atenção, porque na pandemia, nos dois últimos anos, o número de casos diminuiu por conta do isolamento social.
"As crianças estavam em casa, não estavam frequentando as escolas. Agora, retomaram as atividades, natural que esse movimento tenha voltado", afirma Paula Filler, coordenadora do pronto-socorro do Hospital da Criança.
A pediatra dá algumas dicas para evitar as chamadas infecções por repetição nesse período. "Uma higienização das vias aéreas superiores, uma lavagem nasal, inalação com soro. Paciente começou com coriza, já pode começar com essas medidas", diz Paula.
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