Entidades ligadas à pesquisa no Brasil tentam evitar corte de verbas
Redução deve afetar as áreas da educação, saúde, ciência e tecnologia
SBT Brasil
Entidades federais ligadas ao ensino superior e à pesquisa científica vão recorrer ao Congresso para evitar o bloqueio de verbas pelo governo. O decreto que determinou o corte foi publicado nesta 2ª feira (30.mai).
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A redução, por sua vez, deve afetar as áreas da educação, saúde, ciência e tecnologia. Em um comunicado enviado às universidades, o Ministério da Educação anunciou o corte das verbas, totalizado em R$ 3,23 bilhões. A medida vai atingir gastos com a manutenção de prédios, bolsas de pesquisa, ensino e extensão, além de projetos acadêmicos.
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior, Marcus David, afirmou que a redução dos recursos será de 14,5%. "O impacto é ainda mais severo porque, para cortar 44% do orçamento total apenas sobre os meses restantes, o esforço vai ter que ser maior, inviabilizando o funcionamento das instituições no segundo semestre", disse ao SBT.
Já o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações confirmou o corte de R$ 2,92 bilhões no orçamento. Segundo Fernanda Sobral, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a diminuição dos recursos "vai afetar a infraestrutura de pesquisas [científicas]".
De acordo com as entidades, o governo alega que o bloqueio orçamentário tem objetivo de cumprir o teto de gastos, permitindo o aumento de 5% no salário dos servidores públicos, prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). As organizações ligadas à pesquisa destacam que os setores da educação e ciência no Brasil estão sendo abandonados pela equipe econômica do primeiro escalão. Na tentativa de reverter o corte, eles estão acionando parlamentares.
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