Polícia Federal combate madeireiras e garimpo ilegais em Rondônia
Operação Kaapora mira desmatamento e faz buscas e fiscalização em terra indígena Zoró, em Espigão D'Oeste
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta 4ª feira (25.mai) a Operação Kaapora contra o desmatamento e o garimpo ilegais, em áreas de proteção ambiental e na terra indígena Zoró, em Espigão D'Oeste (RO). Pelo menos quatro madeireiras foram alvos, um pessoa foi presa e um pista clandestina de aviões foi descoberta. As buscas prosseguem. Todos são suspeitos de extração ilegal de madeira na região, com possível envolvimento de indígenas.
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As ações fazem parte de uma ofensiva da PF contra crimes ambientais e em terras indígenas. A operação desta semana, em parceria com Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é conduzida pela PF de Ji-Paraná.
O desmatamento em Rondônia bateu recordes em 2021, segundo relatório do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) deste ano. Com 1.290 km² de floresta destruída, o estado foi o quarto no Brasil entre os campeões de desmatamento -- atingindo a maior marca dos últimos dez anos. Em 2012, por exemplo, o desmatamento na região foi de 782 km².
Além do desmatamento, a região de Espigão D'Oeste e Cacoal tem recorrentes conflitos relacionados ao garimpo ilegal. A área indígena Zoró integra o corredor Tupi-Mondé, formado por sete terras indígenas na divisa entre os dois estados, alvo de desmatadores e garimpeiros ilegais, que há décadas vivem em conflito. Os Zoró têm atualmente pouco mais de 700 indígenas. Além da etnia, Cacoal e Espigão D'Oeste concentram a Terra Indígena Sete de Setembro e Reserva Roosevelt, respectivamente.
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