Madrasta que envenenou enteada vai ser investigada por outras mortes
Defesa de Cíntia Cabral negou que ela confessou para o filho os envenenamentos
SBT News
Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, foi presa na sexta-feira (20.mai), por determinação da justiça, pela suspeita de homicídio qualificado da enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e de tentativa de homicídio do enteado Bruno, de 16 anos, irmão de Fernanda. As primeiras informações indicam que a madrasta teria envenenado os filhos do atual marido adicionando chumbinho, popular veneno para matar ratos, à comida que ela servia para eles.
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Os crimes ocorreram em intervalo de dois meses. Fernanda morreu em março, após 13 dias de internada. A suspeita de que a jovem morreu por envenenamento só surgiu em maio, quando o irmão caçula dela apresentou sintomas semelhantes aos que levaram a irmã a ser hospitalizada com quadro de intoxicação.
Levado ao hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo. Ao associar o quadro de Bruno à morte de Fernanda, a mãe deles, Jane Carvalho, registrou queixa na 33ª Delegacia de Polícia, em Realengo (RJ), que iniciou buscas na casa da madrasta.
Na delegacia, Cíntia se manteve em silêncio, seguindo orientações da defesa dela. Mas em outro depoimento, um filho biológico de Cíntia disse à polícia que a mãe confessou ter envenenado Fernanda e Bruno com chumbinho.
Neste sábado (21.mai), os advogados de Cíntia alegaram que ela não confessou para os filhos em nenhum momento o que teria feito com os jovens. Eles disseram ainda que antes de ser presa Cíntia compareceu à delegacia de forma espontânea, sem a presença do advogado, prestou o depoimento e não confessou de forma alguma. Agora, a defesa aguarda a audiência de custódia.
Sem divulgar detalhes, a polícia do Rio de Janeiro, informou que vai investigar se Cíntia tem relação com as mortes do ex-marido e de uma vizinha dela, que morrerram repentinamente.
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