Brasil foi responsável por 40% de toda a perda florestal em 2021
Segundo levantamento do Global Forest Watch, redução no país foi de 1,5 milhão de hectares
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Um levantamento do Global Forest Watch (GFW), divulgado nesta 5ª feira (28.abr), mostra que o Brasil concentrou 40% de toda a perda de florestas primárias (nativas) registrada no mundo durante o ano de 2021. Segundo os dados, que contam com o monitoramento via satélite, a redução do país foi de 1,5 milhão de hectares, sendo que 359 mil devido à incêndios.
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"A taxa de perda de florestas primárias no Brasil tem sido persistentemente alta nos últimos anos. A perda relacionada a incêndios flutuou dependendo do nível de queimadas fora de controle, mais recentemente com um pico em 2020 na Amazônia e no Pantanal", diz o estudo, que também aponta para a derrubada de florestas associadas à expansão agrícola.
A Amazônia ocidental brasileira, em particular, enfrentou uma intensificação da perda de florestas primárias, com os principais Estados demonstrando aumentos superiores a 25% na perda não causada por incêndio. Muitas das áreas foram destruídas para a pastagem de gado, enquanto o pavimento de algumas estradas, como a BR-319 que segue de norte a sul no Amazonas, já ampliou a taxa de desmatamento.
Tais ações, assim como já demonstrado por especialistas, fazem com que a área florestal perca uma grande parte da biodiversidade, além de ter um impacto considerável em emissões de gases-estufa.
"A perda de floresta primária no Brasil é especialmente preocupante, dada a nova evidência de que a floresta amazônica está perdendo resiliência e pode estar mais perto de um ponto de inflexão do que se pensava anteriormente, onde as interações entre desmatamento, mudanças climáticas e incêndios levam à transformação irreversível de grandes áreas da Amazônia para uma savana", alerta o GFW.
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Países como República Democrática do Congo, Bolívia, Indonésia e Peru também ficaram no top do ranking de desmatamento florestal em 2021, mas com números consideravelmente menores do que o Brasil.