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Brasil

Assassinatos em conflitos no campo aumentaram 75% em 2021, diz CPT

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, 35 mortes foram registradas no ano passado, contra 20 em 2020

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Assassinatos em conflitos no campo aumentam 75% em 2021, diz CPT
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Em 2021, houve um aumento de 75% no número de assassinatos devido a conflitos no campo em relação a 2020. Dados do Centro de Documentação da Comissão Pastoral da Terra (Cedoc-CPT) mostram que 35 mortes foram registradas no ano passado. Em 2020, foram 20 óbitos. 

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Ainda de acordo com a pesquisa, do total, praticamente um terço (11 assassinatos) ocorreu no estado de Rondônia, onde ocorreu, também, um massacre no mês de agosto, com três vítimas. Outro massacre foi registrado na região alta do rio Apiauí, em Mucajaí, sul de Roraima, com a morte de três indígenas Moxihatëtëa, que pertencem a um subgrupo Yanomami de denominação Yawaripë.

Conforme tendência demonstrada nos dados parciais divulgados em dezembro passado pela CPT, em 2021 houve um aumento de 1.100% nas mortes em consequência de conflitos no campo, que não incluem os assassinatos. Das 109 mortes registradas em 2021, contra 9 registradas em 2020, 101 ocorreram no território Yanomami, em Roraima, por ações de garimpeiros.

Além disso, outras violências, como trabalho escravo, tiveram aumento em 2021. O número de resgatados dessa prática mais que dobrou no campo no último ano. Os casos aumentaram 76%.

O estudo completo será divulgado na próxima 2ª feira (18 de abril), na publicação anual Conflitos no Campo Brasil. É a 36ª edição do relatório que reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, bem como indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais do campo, das águas e das florestas.

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