MPF questiona LinkedIn sobre exclusão de vaga para negros e indígenas
Procon-SP também notificou a empresa e pediu explicação sobre o veto ao anúncio
SBT News
O Ministério Público Federal (MPF) e o Procon-SP questionaram o LinkedIn sobre a exclusão do anúncio de uma vaga de emprego com preferência para candidatos negros e indígenas feito pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Para o MPF, a decisão da plataforma é contrária aos esforços para a inclusão de minorias por meio de ações afirmativas e prejudica os grupos considerados minorias políticas e sociais.
O MPF solicitou ao LinkedIn que esclareça, no prazo de 10 dias úteis a partir de 23 de março), "qual regra norteou a exclusão do anúncio, detalhando seus fundamentos jurídicos, e também quantas vagas foram retiradas da plataforma nos últimos dois anos, com base na mesma argumentação".
Já o Procon-SP pediu os seguintes esclarecimentos:
- Como se dá a publicação de vagas na plataforma; se há aplicação de políticas específicas que norteiam as publicações e como os anunciantes são informados das mesmas;
- Se qualquer tipo de vaga e publicação pode ser anunciada e, em caso negativo, quais critérios são necessários para seu aceite;
- Como a informação é passada ao anunciante no caso de recusa da publicação;
- Em que condições e situações ocorre eventual exclusão de anúncio já publicado e, em caso positivo, como o anunciante é informado;
- Se nos casos de exclusão da publicação existe algum aviso àqueles que efetuam acesso posterior;
- Se os anunciantes recebem algum suporte para elaboração das publicações.
Leia também:
+ Deltan diz que recebeu R$ 500 mil em doações para pagar Lula