Servidores do INSS entram em greve por tempo indeterminado
Categoria pede ajuste salarial de 19,9% e arquivamento da reforma administrativa
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entram em greve geral a partir desta 4ª feira (23.mar). Apesar do alcance da paralisação depender da adesão das bases organizadas em cada estado, o ato deve atingir parcialmente ou por completo os serviços oferecidos.
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Como exigências, a categoria pede reajuste de 19,9% nos salários para repor a inflação desde 2019 e o arquivamento da PEC 32, conhecida como reforma administrativa. Os servidores também revogam o teto de gastos - regra que limita os crescimentos das despesas públicas para além da inflação.
Em nota publicada na semana anterior, a categoria questionou o aumento anunciado apenas para agentes da segurança pública, como policiais e agentes penitenciários. A disparidade também gerou insatisfação entre os servidores federais, como os do Banco Central, que também organizaram paralisações.
"O(a)s servidore(a)s público(a)s no Brasil têm acumulado perdas salariais nos últimos anos na ordem de 49,28%, conforme estudo. Não tivemos durante os últimos cinco anos qualquer reajuste da inflação, o que faz com que os nossos salários estejam bastante defasados", diz o texto, enfatizando que a greve só será interrompida mediante negociação.
E os atendimentos?
Apesar da paralisação, algumas entidades do INSS podem não aderir ao ato e continuar prestando os serviços normalmente. Muitos serviços também podem ser feitos online, por meio do aplicativo Meu INSS. Caso o atendimento precise ser presencial, são recomendadas as seguintes ações:
- Confirmar se a agência em questão está operando;
- Fotografar a porta do ambiente, caso esteja fechado, como prova de comparecimento;
- Solicitar uma certidão de presença e remarcação do procedimento caso os servidores neguem o atendimento;
- Ligar na Central 135 para informar a situação e pedir a remarcação do serviço - não esquecer de anotar o protocolo do pedido.
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