RJ: parte da frota de ônibus do BRT não circula por problemas técnicos
Planejado para ser um legado das Olimpíadas, o corredor expresso virou um transtorno
SBT Brasil
Superlotação, falhas mecânicas, longos atrasos, problemas na estrutura. Esses são só alguns dos fatores que transformaram o sistema BRT, o corredor expresso de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, em um imenso transtorno na rotina dos mais de 32 mil cariocas que usam o serviço, diariamente.
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Com 170 veículos articulados em operação e 30 apresentando defeitos, somente 17% da frota do BRT puderam circular nesta 4ª feira (9.mar), de acordo com a concessionária que administra o sistema.
Ele começou a operar, há dez anos, sob a promessa de se tornar um legado de mobilidade das Olimpíadas do Rio, em 2016. Contudo, diante de todo um histórico de problemas, a prefeitura decidiu reaver, em março de 2021, a administração do BRT, que antes era da iniciativa privada. Para isso, foi criada uma empresa pública para controlar o serviço, até que uma nova licitação seja feita.
Enquanto isso, os usuários continuam sofrendo com os problemas estruturais do BRT. "Sem ar condicionado, superlotado, atrasos...", fala uma passageira. "Quando não quebra, pega fogo, briga... está um caos!", acrescenta outro usuário. Na manhã desta 4ª, um passageiro caiu de um ônibus da linha, enquanto tentava embarcar, em meio à multidão.
No mês passado, os funcionários do BRT fizeram uma greve para exigir melhores condições de trabalho. Durante a cobertura, a repórter do SBT, Branca Andrade, foi intimidada por dois seguranças terceirizados da empresa que administra o serviço. A jornalista e os dois homens prestaram depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta 4ª feira.
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