Mourão defende subsídio para frear preço de combustíveis
Para vice-presidente, medida poderia ser adotada por "uns três meses", e custaria aproximadamente R$ 13 bi
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta 4ª feira (9.mar) que os combustíveis sejam subsidiados temporariamente para conter a escalada nos preços para o consumidor. Na avaliação de Mourão, a alternativa seria usar royalties e dividendos da Petrobras durante três ou quatro meses.
"A melhor linha de ação, a linha de ação que causasse menos dano a posterior, seria usar os recursos de royalties e dividendos para dar um subsídio ao combustível e durante um período devidamente qualificado", sugeriu.
O vice não tem participado das reuniões do governo que buscam uma solução para frear a alta dos combustíveis, que tende a ser ainda maior nos próximos meses devido à guerra na Ucrânia. Mas, fez contas do que significaria o subsídio.
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"Acho que isso daria uns R$ 13 bilhões, R$ 14 bilhões durante três ou quatro meses, até que essa situação do conflito amainasse e consequentemente o preço do petróleo voltasse a um nível mais adequado", detalhou.
O governo busca alternativas para evitar que a pressão do mercado internacional do petróleo piore o quadro de inflação no Brasil e, consequentemente, prejudique ainda mais a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente queria que os preços fossem fixados. Mas, já foi alertado de que isso poderia provocar desabastecimento nos postos. Na noite da terça-feira (08.mar), o ministro Paulo Guedes descartou o congelamento.
A ideia de subsidiar os combustíveis começa a ganhar corpo no Governo. Inicialmente a equipe econômica era contra, preferia focar apenas nas propostas que aguardam votação no Senado Federal. Mas, a área política pressiona e alerta que agora existe a guerra como complicador no mercado de petróleo.
Nesta quarta, Bolsonaro discute o tema com os ministros da Fazenda, Paulo Guedes, da Casa Civil, Ciro Nogueira, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
