2 milhões de árvores nativas foram replantadas na Amazônia
Venda de crédito de carbono ajuda a manter floresta em pé
SBT Brasil
A iniciativa de uma empresa especializada de venda de crédito de carbono contribui para manter a floresta na Amazônia em pé.
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Cada trabalhador consegue usar uma técnica que permite plantar quase 2 mil plantas por dia.
"A gente sempre está desmatando pra fazer roças, pra fazer pasto, então, isso é uma inovação que vem, veio acrescentar nossa vida porque é da onde a gente tá tirando o sustento da nossa família e cuidando do meio ambiente.", relata o técnico florestal Valderi Monteiro.
Quando as árvores estiverem crescidas, elas vão absorver o carbono da atmosfera e esse processo natural vira crédito que será comprado por grandes indústrias para compensar a emissão de carbono resultante dos processos de produção.
Na cidade Mãe do Rio, com mais de 30 mil habitantes no nordeste do Pará, uma fazenda visa retirar um milhão de toneladas de carbono do meio ambiente.
"A árvore faz uma reação química que é basicamente sequestrar co2 da atmosfera e liberar o oxigênio que é importante pra gente respirar. o carbono fica retido na árvore, basicamente cinquenta por cento da árvore é carbono e o que a gente precisa fazer é medir quanto carbono tem numa árvore + "você faz a ligação desse dado de campo com o dado de drone pra ter um censo de quanto carbono eu tenho na minha fazenda e no último nível eu junto isso a imagens de satélite.", analisa Renato Crouzeilles, diretor de ciência.
Mais de 100 espécies típicas da região amazônica foram escolhidas. Além disso, 14 delas estão ameaçadas de extinção.
"As espécies de recobrimento que são aquelas espécies que crescem rápido e faz sombra e as espécies de diversidade que têm uma taxa de crescimento mais lento, porém são as mais carbono efetivas por característica de madeira + "espécies como andiroba, cumaru, ucuuba, castanheira, samaúma", explica Severino Ribeiro, gerente de extensão tecnológica.
O plantio também é feito em parceria e os lucros são divididos entre fazendeiros e a empresa que negocia o crédito de carbono.
"O pecuarista não investe nada para replantar uma floresta em uma parte da pastagem dele." + o pecuarista que quer garantir renda para cinquenta a cem anos e um contrato de remoção de carbono dura cinquenta a cem anos", explica Peter Fernandez, CEO da Mombak.
Na cidade de Tomé-Açú, no Pará, uma fazenda com duzentos e sessenta e seis hectares de pasto está se tornando uma floresta novamente. Lá é utilizado uma máquina que prepara o solo e abre caminhos para receber as árvores que serão plantadas no solo.
A família da veteriária Karine Schmid está satisfeita com o resultado, além de conseguir cumprir a área de reserva natural exigida legalmente, a especialista e fazendeira também avalia aperfeiçoar a criação de gado.
"Uma pecuária mais intensiva, sabendo dividir melhor os espaços, fazendo um manejo rotacionado, procurando fazer com que a gente realmente tenha mais arrobas de boi por hectares. + A gente é rentabilizado por um processo de reflorestamento e tudo mais e com isso contribuir pro futuro que é exatamente repor a floresta que um dia foi retirada", explica Karine Schmid, fazendeira e médica veterinária.