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Petrópolis: familiares enfrentam dificuldades para enterrar vítimas

Demanda no IML da cidade aumentou em 1.000% com a tragédia

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O número de mortos em decorrência das chuvas em petrópolis subiu para 136. No quarto dia de buscas aumentou, também, a quantidade de desaparecidos, agora são 213. Parentes das vítimas têm enfrentado dificuldades para fazer os enterros. Alguns esperam há mais de dois dias pela liberação de corpos.

O dia foi difícil para os parentes das vítimas que aguardavam informações no IML de Petrópolis. O local recebe em média 10 cadáveres em dias normais. A demanda aumentou em 1.000%. Mais de 100 corpos estão no Instituto Médico Legal e em caminhões e contêineres frigoríficos. 

O sentimento de abandono pelo poder público não ficou apenas com quem tentava encontrar corpos no IML. Moradores do Morro da Oficina denunciam a falta de equipes de resgate. Por conta própria, eles têm se arriscado nas buscas.

Nesta 6ª feira (18.fev), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que não é necessário reforçar as equipes de resgate para procurar os mais de 200 desaparecidos.

"Não adianta ter gente demais aqui. Há um problema sério de trânsito. O local ainda está instável. Não adianta botar 2, 3, 4.000 pessoas ali", afirmou o governador.

Mesmo assim, cães farejadores e bombeiros do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, estão sendo enviados para apoio nas buscas pelos desaparecidos.

Não bastasse a dor de tantas perdas, outro drama é o momento do enterro. O cemitério municipal também sofreu muitos estragos. Covas foram danificadas e o lixo trazido pela chuva, e como não há mais espaço para enterrar na parte de baixo, novas covas estão sendo abertas no alto do morro, o que dificulta o acesso dos familiares.

A família de Helena Leite Paulino, de um ano e 11 meses, descobriu, na hora do velório, que o corpo havia sido trocado pelo de outra menina, que também se chamava Helena.

A Polícia Civil negou que a falha tenha sido do IML e afirmou que o reconhecimento para liberação dos corpos é feito pelas famílias. Nesta 6ª, os parentes das duas Helenas passaram novamente por todo o procedimento burocrático e conseguiram resolver o problema.

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