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Brasil

Alerta de desmatamento na Amazônia cresce 418% em janeiro, diz Inpe

Mato Grosso, Rondônia e Pará registraram as maiores regiões em atenção

Imagem da noticia Alerta de desmatamento na Amazônia cresce 418% em janeiro, diz Inpe
Em janeiro deste ano, 430 km² da Amazônia ficaram sob alerta de desmatamento | Divulgação/Greenpeace
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgada nesta 6ª feira (11.fev), mostrou que mais de 430 km² da Amazônia estiveram sob alerta de desmatamento durante o mês de janeiro. O número, segundo a entidade, é 418% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, de 83 km².

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Na prática, o índice é o maior já registrado para o período desde 2016, quando foi iniciado o monitoramento. Em 2020, por exemplo, foram contabilizados 284 km² de devastação, seguido por 2016 (229 km²), 2018 (183 km²), 2019 (136 km²) e 2017 (158 km²).

De acordo com análise do Greenpeace Brasil, 22,5% da área com alertas de desmatamento entre 1 e 21 de janeiro deste ano se concentrou nas florestas públicas não destinadas, alvo frequente de grilagem de terras. As principais regiões de alerta se concentram, atualmente, nos Estados do Mato Grosso (147 km²), Rondônia (116 km²) e Pará (67 km²). 

"Os estímulos para o desmatamento têm sido tão evidentes que mesmo em janeiro, quando o desmatamento costuma ser mais baixo por conta do período chuvoso na região amazônica, a destruição disparou. De fato, esse é um momento de ouro para quem desmata e/ou rouba terras públicas, já que existe uma falta proposital de fiscalização ambiental", afirma Cristiane Mazzetti, membro do Greenpeace Brasil.

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Ela reforça, ainda, que a destruição florestal é prejudicial ao clima, à condição de vida e à economia brasileira, uma vez que a contenção do desmatamento está sendo analisada por grande parte da comunidade internacional. A União Europeia, por exemplo, tem discutido uma legislação que proíbe a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas.

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