Prefeitura sabia do risco em área onde 18 pessoas foram soterradas em Franco da Rocha
Levantamento entregue em 2020 já classificava local do deslizamento como alto grau de risco

SBT Notícias
Um levantamento da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, em parceria com a Defesa Civil do Estado, entregue para as prefeituras das 38 Cidades da Região Metropolitana de São Paulo, em 2020, já indicava o local do deslizamento de terra que vitimou 13 pessoas em Franco da Rocha como um local de alto grau de risco para movimentação do solo. O relatório também aponta outros endereços em Franco da Rocha com as mesmas características de risco.
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Questionada sobre o que fez em posse do relatório, a Prefeitura do município alegou que "realizou um projeto básico para essa e as demais obras apontadas no relatório, mas não possui recursos para realização imediata de tudo que era necessário". De acordo com o laudo, a cidade de Franco da Rocha possui 284 locais com risco de escorregamentos e movimentos de massa, sendo estes 58 endereços com risco alto de escorregamento e 28 endereços com risco muito alto de escorregamento do solo.
De acordo com a REGEA, empresa de Geologia, engenharia e estudos ambientais que fez o Mapeamento de Risco para a Defesa Civil, os municípios que se enquadram em locais com áreas de risco precisam investir em políticas de prevenção e conscientização da população, além de planos de contingência para pré e pós-tragédia.
Segundo a Prefeitura de Franco da Rocha, nos últimos três anos, mais de R$20 milhões foram investidos em obras de contenção de encostas, reconstrução de vias e drenagem em toda a cidade. Também informou que as áreas são acompanhadas e monitoradas pela defesa civil municipal.
O município foi o mais atingido pelas fortes chuvas no mês de janeiro e deve receber R$ 8 milhões do Governo do Estado, dinheiro que deve ser destinado para a recuperação urbana e social da cidade.