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Mais de 4 mil crianças estão sem vaga nas escolas públicas em São Paulo

Segundo estado e prefeitura, foram abertas mais de 7 mil vagas, que não foram suficientes

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A cidade mais populosa do Brasil, São Paulo, enfrenta falta de vagas em escolas da rede pública. O problema atinge pelo menos 4.200 mil crianças, que precisam cursar o primeiro ano do Ensino Fundamental.

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Era na sala de aula que a filha do arquiteto Cássio Ramos Ribeiro gostaria de estar na próxima 2ª feira (7.fev). Porém, quando Cássio foi até a escola municipal onde a filha sempre estudou, não conseguiu renovar a matrícula. 

"Eu levei os documentos e a mulher ligou e falou assim: 'olha, não tem vaga pra sua filha aqui', mas eu falei: como? Mas ela não tá ativa no seu sistema?", disse o arquiteto.  

Ele ainda tentou uma vaga numa escola estadual, mas recebeu a mesma notícia. "Praticamente um ano em casa, chega no ano seguinte, não tem vaga! Sabe, isso é absurdo!", afirmou o Ramos.  

O problema atinge mais de 4 mil crianças na capital paulista. Estado e prefeitura abriram mais de 7 mil vagas, o que não foi suficiente. 

"Não vamos deixar ninguém sem aula. Agora, a gente precisa ver também qual é a causa disso, até porque a gente não pode pegar uma situação dessa -- que é grave, né? -- e não ir a fundo, entender o que motivou isso, pra poder corrigir", comunicou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.  

Segundo a Secretaria Estadual da Educação, o que houve foi um aumento da demanda de alunos que vieram de escolas particulares por causa do impacto econômico provocado pela pandemia.

Para especialistas em educação, o fato de várias instituições terem passado a oferecer o ensino em tempo integral também fez com o que o número de vagas fosse reduzido. 

Conforme a presidente executiva do Articule, instituto que busca promover avanços sociais, por meio, de articulação com o Poder Público, Alessandra Gotti,  "é uma política fundamental para melhorar os indicadores educacionais. Mas, para ela ter êxito, é necessário que ela seja precedida de diagnóstico, planejamento e pactuação prévia com o município". 

Já a Secretaria Estadual da Educação nega que essa seja a razão. "Com base nesse número de vagas destinadas ao ensino integral a gente já tinha aberto vagas o suficiente para absorver toda a demanda que a gente tinha e o que aconteceu? Apareceu uma nova demanda", afirma o chefe de gabinete da Educação, Henrique Pimentel.

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