Engenheiro recomenda que trânsito seja interrompido na Marginal Tietê
Especialista descarta relação entre acidente e excesso de chuva na capital paulista
SBT Notícias
Com o desabamento de uma obra na linha laranja do metrô na manhã desta 3ª feira (01.fev), São Paulo já sente os reflexos no trânsito na Marginal Tietê. Ao SBT, o engenheiro Luis Otávio Rosa, do Instituto Brasileiro de Peritos, explicou como acidente teria se originado e os riscos de novas ocorrências.
"Foi feito um túnel de serviço embaixo do rio. Estavam começando a escavar naquela região. É muito provável que a água do rio tenha invadido. A água invadiu o túnel de serviço e chegou ao outro lado do Rio Tietê", pontuou o especialista.
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Perguntado sobre as relações que as chuvas teriam com o acidente, Rosa afirmou: "o nível de chuvas que nós tivemos é alto, mas estamos tratando de uma região já impermeabilizada. O excesso de chuvas não afetou e não é responsável pelo acidente. É provável que tenha sido uma falha geológica ou uma adutora. O nível do lençol freático provavelmente está mais alto, o que deu mais segurança para a contenção da estrutura", disse.
"Ali não tem adutoras passando água limpa. Provavelmente foi o desmoronamento da terra que interrompeu o fluxo [de água]. Como a água é escura, provavelmente é uma galeria de esgoto que passa por ali. A terra que desmoronou que interrompeu o fluxo da água".
Ao engenheiro, o risco de novos desabamentos existe. "Eu recomendaria que continuassem com o tráfego de veículos interrompido, porque precisa verificar se a água está entrando do lado do rio para o buraco. Provavelmente, essa água entrou no túnel de serviço que vai até o Rio Tietê. Seria recomendável a cautela de manter o trânsito interrompido até que se avalie a extensão do dano ou a possibilidade do túnel, que provavelmente também foi invadido, desmorone".
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