Moro diz que vai publicar valor recebido de empresa ligada à Odebrecht
O ex-juiz começou a trabalhar em 2021 na consultoria judicial de empreiteira investigada na operação

SBT News
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) afirmou em suas redes sociais, nesta 4ª feira (26.jan), que vai publicar seus rendimentos na consultoria Alvarez & Marsal, empresa na qual começou a trabalhar em 2020, após pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Moro criticou o PT, o Centrão e o Tribunal de Contas da União (TCU) por iniciativas para investigá-lo.
"Tem o ministro do TCU, que quer investigar o que eu fiz no setor privado, depois que deixei o cargo no Ministério da Justiça. É um abuso esse processo, cheio de ilegalidade. De todo modo, quero ser transparente, quero acabar com essa história e com todoas essas mentiras. Eu vou divulgar na 6ª feira todas essas informações: quanto que eu ganhei, quanto que eu recebi, mostrar que não recebi nada de empresa investigada na operação Lava Jato. Quem fala isso mente", disse o ex-ministro.
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Confira a íntegra do vídeo:
Apesar da natimorta CPI e das ilegalidades do processo no TCU, eu, por consideração aos brasileiros e em nome da transparência que deve pautar a política, na sexta divulgarei meus rendimentos na empresa em que trabalhei. pic.twitter.com/LlF4TEUmDF
? Sergio Moro (@SF_Moro) January 26, 2022
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou, ainda em dezembro de 2021, que a consultoria Alvarez & Marsal revelasse os serviços prestados e as quantias pagas ao ex-juiz. Moro foi contatado pela empresa em outubro de 2020, depois de pedir demissão do cargo de ministro da Justiça. Já em outubro de 2021, saiu da empresa para se lançar como pré-candidato à Presidência da República.
A empresa Alvarez & Marsal atuou como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada na Lava Jato. Na 3ª feira (25.jan), a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) entrou com representação no Ministério Público Federal para que Moro fosse investigado.
No último domingo (23.jan), o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) disse que pediria uma CPI contra Moro "por conflito de interesse" na atuação na consultoria. Na 2ª feira (24.jan), a bancada do PT na Câmara emitiu um parecer sobre a eventual instalação na Casa uma CPI para investigar a atuação do presidenciável Sergio Moro no setor privado.
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