"Todas as possibilidades foram exploradas", diz polícia sobre Caso Beatriz
Suspeito de assassinar menina de 7 anos foi identificado após seis anos de investigação
Camila Stucaluc
Em coletiva realizada na manhã desta 4ª feira (12.jan), a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco afirmou que "todas as possibilidades foram exploradas" para identificar o suspeito de assassinar Beatriz Angélica Mota, de 7 anos. A criança foi esfaqueada em dezembro de 2015, enquanto participava da formatura da irmã em uma escola em Petrolina.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Segundo a entidade, o responsável pelo crime é Marcelo da Silva, de 40 anos, que já está preso e responde por um delito da mesma natureza cometido em 2017. "A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genético Forense Eduardo Campos, realizados na 3ª feira (11.jan), que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito."
Além do material genético, a SDS ressaltou que 100% das imagens de segurança do local onde o crime aconteceu foram recuperadas e analisadas, assim como os depoimentos de testemunhas. Uma confissão do suspeito que "bate com a dinâmica dos fatos" também é utilizada para confirmar a investigação.
+ Caso Beatriz: mãe de vítima é impedida de participar de coletiva
"Durante interrogatório, ele [o suspeito] disse que teve um pouco de dificuldade, mas conseguiu entrar na escola. Ele queria dinheiro. Disse, então, que teve contato com a vítima e depois de conversarem um pouco, ela teria se assustado. A motivação [do crime] foi silenciar ela", explicou a entidade, esclarecendo que não houve indícios de abuso sexual antes ou depois do crime.
As apurações também alteraram o número de facadas sofridas pela vítima. Segundo informado, Beatriz foi morta após 10 golpes do objetivo, e não 42. A explicação se deve aos registros do laudo, composto por 42 fotografias de posições diferentes das facadas.
Pelas redes sociais, a mãe da vítima, Lucinha Mota, informou que aguarda o inquérito policial e que irá acompanhar "minuciosamente" cada passo futuro da ação. "O material científico é incontestável, mas precisa-se de mais; de mais investigações, mais elementos, mais resultados. Todo crime tem uma motivação e a forma como esse foi praticado foi muito violenta, com muito ódio. Ali existe uma relação", disse.
Relembre o caso
Beatriz foi morta a facadas na formatura da irmã em uma escola em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. Ela desapareceu após sair para tomar água e foi encontrada sem vida dentro do próprio colégio. As investigações do caso estavam em aberto desde então. O caso foi solucionado pela equipe formada em 2019.
Confira reportagem do SBT Brasil: