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Brasil

Pais temem volta às aulas sem vacinação contra a covid-19

Pelo menos 20 milhões de crianças de 5 a 11 anos voltarão às escolas no próximo mês

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Crianças brincando em colônia de férias (Reprodução/SBT Brasil)
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Cerca de 20 milhões de crianças, de 5 a 11 anos, se preparam para a volta às aulas, mas muito pais temem o retorno antes do início da vacinação dessa faixa etária contra a covid-19.

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A colônia de férias é uma prévia da rotina que começa no mês que vem. Passar o álcool gel é tarefa já na chegada. No almoço, há distanciamento entre os colegas. E depois da brincadeira, mais cuidados. Tanto tempo em casa pede um tempo de adaptação.

"A gente percebe que as crianças estão mais inseguras para correr, para pular, para conversar. Muitas vezes têm insegurança de levantar a mão para falar uma coisa que eles já sabem", afirma Graziele Macedo, diretora da escola.

Ainda de acordo com ela, "mesmo no frio, as janelas estão sempre abertas na escola, a escola é toda arejada. E mesmo protocolo: sintomas gripais, febre, não pode vir para a escola". A vacina contra a covid-19 está sendo aplicada em crianças de pelo menos 30 países. A dose é menor, com tampa laranja. Aqui no Brasil, o Governo Federal planeja começar por faixa etária, com prioridade para quem tem comorbidades ou deficiências. Em São Paulo, a secretaria da saúde disse que vai considerar apenas a idade.

O que preocupa muitos pais e responsáveis é que as aulas presenciais têm data para começar, mas a vacinação desse público, ainda não. Até agora, segundo o Ministério da Saúde, a covid-19 matou 301 crianças na faixa dos 5 aos 11 anos. O epidemiologista Marcio Nehab explica que a vacina protege as crianças contra uma síndrome inflamatória rara, consequência da covid-19, que pode levar à morte.

"O ideal é que a gente tivesse a possibilidade de vacinar todas as crianças antes do início do ano letivo. O Brasil tem capacidade de vacinação nas suas salas para vacinar toda a população pediátrica em tempo hábil, mas para isso a gente precisa ter as vacinas", fala o médico.

Henry é o único da família que ainda não foi vacinado. Por isso, a mãe Cristiane Oliveira segue ansiosa: "Eu tenho esperado ansiosamente por essa vacina, pela socialização dele, pela saúde dele, pelo convívio familiar que a gente perdeu nessa pandemia, para ele poder estar na escola, para que nós possamos ter tranquilidade".

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