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Brasil

Vinhos e espumantes devem ficar 20% mais caros em janeiro

Produtores nacionais estão apostando nas vendas antes do reajuste para o Réveillon

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Os vinhos e espumantes devem ficar 20% mais caros, a partir de janeiro, devido à falta de embalagens. Pouco antes do reajuste, produtores nacionais apostam nas vendas para o Réveillon.

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Nos parreirais da serra gaúcha estão grandes cachos de uva que logo serão colhidos. A expectativa de uma boa safra contrasta com o momento vivido pelas vinícolas. A falta de insumos, principalmente garrafas de vidro, compromete o envase de vinhos, sucos e espumantes.

"Muitas indústrias, esse ano, deixaram de entregar principalmente sucos. Milhões de garrafas de sucos de uva, não é mil, de sucos de uva, por não ter vasilhame para condicionar para que pudesse chegar ao consumidor", afirma Deunir Argenta, presidente da União Brasileira de Vitivinicultura.

O consumo das bebidas à base de uva entre os brasileiros aumentou durante a pandemia. Isso gerou um super aquecimento na demanda por garrafas, segundo a associação brasileira das indústrias de vidro. Com as medidas sanitárias menos restritivas e o retorno das comemorações de final do ano, a expectativa é que as vendas de espumante cresçam 40%, comparado a 2020.

Após perder 20% do faturamento, esta vinícola de caxias do sul passou a envasar vinhos em garrafas pet e espumantes em latas de alumínio. "A gente tenta não deixar o cliente sem produto. Tenta dar outras alternativas, outras embalagens que se tem, mas, em contrapartida, a gente fica chateado porque não consegue vender o que o consumidor quer, o que o meu cliente quer", afirma o gerente Marcio Sirtoli.

A ampliação das fábricas brasileiras de vidro só deve ser concluída no final de 2023. Até lá, as vinícolas vão seguir importando o produto. 

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