Viagens de fim de ano exigem reforço nos cuidados contra a covid-19
Brasil conta com quase 20% da população se preparando para viajar no Natal e no Ano Novo
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Com a chegada do fim do ano, apesar da pandemia do coronavírus, grande parte da população já se prepara para as viagens nacionais e internacionais. No mais recente boletim da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), as viagens de Natal e Ano Novo já eram planejadas por 19,2% da população. Em território brasileiro, os destinos mais procurados são Gramado, Salvador e Rio de Janeiro.
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Comparado ao ano anterior, no qual o segmento turístico enfrentou a maior crise dos últimos tempos em decorrência da emergência sanitária, social e econômica, causadas pela pandemia, o turismo volta a ser aquecido já com projeções, inclusive, para o Carnaval e para as férias de verão e de julho, que juntas somam 42,4%, segundo aponta a Braztoa.
Mas mesmo com arrefecimento da pandemia no país, alguns cuidados são necessários -- sobretudo após a identificação de uma nova variante, a Ômicron. Por isso, o SBT News conversou com o médico infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini, que apontou precauções nas próximas datas comemorativas e, consequentemente, nos passeios e aglomerações.
"É importante entender a situação epidemiológica do local para onde você está indo. Se for uma viagem dentro do Brasil, por enquanto a situação está bem controlada. Estamos muito melhor do que estivemos há um ano, mas se pudessem evitar viajar ou optar pelo transporte de carro, seria bem melhor", sugeriu.
Já com viagem marcada para a região de Guaranésia, Minas Gerais, o casal de microempreendedores Maria Letícia e José Maurílio concorda com os conselhos do infectologista e pontua a importância da imunização completa para poder viajar com mais tranquilidade. "Sairemos de São Paulo para Guaranésia, onde iremos passar o Natal com alguns parentes. Estamos com as duas doses da vacina em dia e optamos por fazer a viagem de carro. Acreditamos que a segurança seja maior em nosso próprio veículo", comentou Maria Letícia.
Apesar de os levantamentos ligados a viagens terem sido feitos antes da descoberta da Ômicron, a quantidade de pessoas que se prepara para viagens de fim de ano continua significativa mesmo com os cancelamentos festivos em mais de 15 estados brasileiros.
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Bruno Scarpellini lembra qe aindapouco se sabe sobre a nova cepa. Mas ela possivelmente aparenta ser mais transmissível, ter duas vezes mais mutações que a anterior -- a Delta -- e um risco três vezes maior de reinfecção. "As vacinas não impedem que um indivíduo se infecte, mas impedem a doença grave. Até o momento não parece que as vacinas disponíveis no mercado percam muita eficácia com essa nova variante, mas é preciso mais estudos", ressaltou.
Questionado sobre as perspectivas da sociedade quanto ao Carnaval, período que, segundo a Braztoa, já possui 7,5% de interesse turístico da população, Scarpellini reforça que "o Carnaval é uma grande festa onde vem gente de todos os locais do mundo, não temos como prevê o cenário de fevereiro, afinal não dependemos só da cobertura vacinal, mas de todos os dados referente a situação mundial".
Ainda sobre os cuidados para o Natal e Ano Novo, o epidemiologista conclui que grandes aglomerações e encontros, nas quais existam pessoas de diversos locais e países, podem aumentar o risco de transmissões, quer seja da nova variante Ômicron ou qualquer outra. "É importante, neste momento, ter cautela e lembrar que a pandemia não acabou".
OMT
O cenário do turismo nacional termina 2021 de forma completamente oposta ao que ocorreu em 2020. Na penúltima 6ª feira (3.dez), o Brasil foi confirmado como um dos escritórios regionais da sede oficial da Organização Mundial do Turismo (OMT) no mundo. As negociações em torno desta instalação pautam reuniões desde 2020.
Anunciada pelo secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, após a 114ª Reunião do Conselho Executivo em Madrid, na Espanha, a sede brasileira é a primeira da entidade na América Latina, e tem como objetivo alcançar melhorias e fortalecer o turismo no Brasil e nos demais países da região. "Mais uma grande conquista para todos nós", comemorou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, nas redes sociais.