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Brasil

DEM e PSL já têm candidatos para campanha em 11 estados

União Brasil conta com nomes para disputar governos de São Paulo, Bahia, Pernambuco e Goiás

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ACM Neto
• Atualizado em
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Dirigentes do DEM e do PSL trabalham nos últimos acertos para confirmarem a criação do União Brasil, maior partido de direita do país, que resultará da fusão das duas legendas. De olho nas eleições de 2022, as cúpulas das siglas já se preparam também para lançar candidatos ao governo de ao menos 11 estados.

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O presidente nacional do DEM, ACM Neto, é pré-candidato ao governo da Bahia. Em Goiás, Ronaldo Caiado tenta a reeleição. Em Pernambuco, a sigla deve lançar Miguel Coelho, prefeito de Petrolina e filho do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE). No Amazonas, Amazonino Mendes ainda tentará ser eleito novamente. 

Há, ainda, candidatos que se lançarão para o Ceará, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso e Sergipe. O governo de São Paulo também é almejado pela sigla. A cúpula do PSL se reuniu com o ex-governador Geraldo Alckmin para uma possível filiação ao novo partido. Também existe a possibilidade de uma união com o atual vice-governador da gestão João Doria e pré-candidato ao cargo pelo PSDB, Rodrigo Garcia. Nesse caso, a legenda indicaria o vice da chapa. 

As convenções nacionais que lançarão o União Brasil estão marcadas para a próxima 4ª feira (6.out) e ocorrerão de forma conjunta. Após a aprovação, o processo será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a formalização da sigla, que terá a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, e um amplo fundo eleitoral e partidário. Além dos Executivos estaduais, a nova legenda mira em algo maior: a Presidência do país. 

Dentro do futuro partido, há três pré-candidatos: Luiz Henrique Mandetta (DEM), ex-ministro da Saúde; José Luiz Datena (PSL), apresentador; e Rodrigo Pacheco (DEM), presidente do Senado, mas que evita já se colocar como uma opção ao Palácio do Planalto. O ex-juiz Sergio Moro também flerta com a futura sigla, mas ainda não bateu o martelo sobre a qual legenda se filiará. 

Comandos regionais

Para os diretórios estaduais, os dois principais ficarão com o PSL: em São Paulo, a presidência será compartilhada entre o atual presidente estadual da sigla, o deputado Júnior Bozzella, e o vice-presidente da legenda, Antonio Rueda. Ao SBT News, o parlamentar disse que a dupla será "uma coisa só" e a gestão conjunta ocorrerá porque "Rueda vai ter que cumprir toda agenda nos demais estados estando também na vice nacional"

No Rio de Janeiro, o comando permanecerá com o presidente do diretório local, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho. As duas definições, no entanto, desagradaram deputados do DEM ligados ao pastor Silas Malafaia, aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Esse grupo promete deixar o partido após a fusão, pois, além de perder poder regional, ainda estaria em uma sigla que se opõe à reeleição do atual chefe do Executivo federal. 

Bozzella minimizou as críticas de futuros correligionários e disse que grande parte dos diretórios já estava decidido ainda nas conversas iniciais da junção entre os partidos. "Tudo já estava no escopo inicial com ambas as cúpulas. É natural a base chiar, não é um objeto de discussão", disse. 

Bolsonaristas

Essa debandada também ocorrerá entre os deputados do PSL. A ala bolsonarista, que soma cerca de 25 congressistas, já se programa para deixar o União Brasil no período de janela partidária, que deve ocorrer até março do ano que vem. O grupo critica abertamente a união das legendas e defende a reeleição de Bolsonaro. 

O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) disse que quer ser o primeiro a deixar a sigla. Ele conversa com o PSC, com o PTB e com o PP que, segundo ele, são os partidos que têm a bênção de Bolsonaro. Outros deputados, de acordo com Nunes, esperarão o ano que vem, para não perderem cargos nas comissões da Câmara. 

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