Doria se apresenta como "liberal com atitudes para os mais pobres"
Governador de SP, que começa campanha das prévias presidenciais no PSDB, concedeu entrevista ao SBT

Débora Bergamasco
O governador de São Paulo, João Doria, passou o dia (20.set) em Brasília para formalizar sua disputa nas eleições prévias presidenciais do PSDB, que será realizada em 21 de novembro, e na qual será definido quem será o candidato do PSDB à Presidência da República em 2022. Seu principal adversário nesta disputa dentro da legenda é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que tem o apoio do senador Aécio Neves (MG). Também concorrerão o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio e o senador Tasso Jereissati (CE).
João Doria concedeu entrevista exclusiva ao SBT News no fim desta tarde e se apresentou como "um candidato liberal, mas com atitudes para os mais pobres", alguém "com olhar para o social". Caso seja escolhido como presidenciável tucano, o discurso de candidato à Presidência já começou a ser calibrado: a proposta é se posicionar como uma alternativa ao centro entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). Para isso, admitiu que poderia, sim, dialogar com o provável futuro candidato à presidência Ciro Gomes (PDT): "Onde houver aqueles que defendam a liberdade, defendam a democracia, o Estado de Direito, eu estarei sempre presente. Não vou me negar a dialogar para melhorar a situação do Brasil".
O tucano afirmou ainda que já está dialogando com vários partidos para costurar uma possível aliança em torno de seu projeto à Presidência, caso saia vitorioso das prévias. Já vem recebendo dirigentes partidários, aproveitando também parte da aliança que já está sendo costurada à sua própria sucessão ao governo de São Paulo com o pré-candidato Rodrigo Garcia. Atualmente, o governo de Doria tem 13 partidos --mais o PSDB-- em sua base.
Sobre seu desempenho na última pesquisa Datafolha, publicada no domingo, pelo jornal Folha de S.Paulo (19.set), ele respondeu que a avaliação vai "melhorar gradualmente", nos próximos meses, com o arrefecimento da pandemia e o fim de medidas de quarentena.
Confira a íntegra da entrevista: