Secretário de segurança do DF pede a manifestantes que desocupem Esplanada
Júlio Ferreira foi pessoalmente pedir aos apoiadores de Bolsonaro que liberem trânsito na região
André Anelli
Após quatro dias de interdição do trânsito na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o secretário de segurança do DF, Júlio Ferreira, foi pessoalmente pedir aos manifestantes que desocupem o local, nesta quinta (9.set). O representante do Governo Distrital descartou o uso da polícia para a retirada dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e defendeu uma saída espontânea e pacífica.
"A gente está aguardando mais um período até que parte dos senhores possam encaminhar a documentação que os senhores consideram importante, pra que depois a gente possa começar a, com segurança, ir saindo com os senhores, escoltando os senhores, pra que a gente possa estar desobstruindo pelo menos as vias. A gente tem servidores que aqui trabalham, o trânsito tem que voltar a sua normalidade", disse o secretário.
A documentação, a qual se referia o secretário, é a entrega de um pedido de impeachment, ao Senado, de todos os ministros do STF. Os caminhoneiros, que são a maioria dos remanescentes na Esplanada, defendem a pauta amplamente difundida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Alguns deles dizem que só vão deixar o local a pedido do próprio presidente da república ou de um de seus representantes diretos. A reivindicação é semelhante àquela da mesma categoria profissional, responsável por fechar rodovias em diversos estados do país.
Em nota, a secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informa que "Na madrugada desta quinta-feira (9.set), caminhões que estavam estacionados na Esplanada começaram a deixar o local, e parte das estruturas começou a ser desmontada. A operação segue em andamento. Vias N1 e S1 seguem interditadas. A liberação depende de avaliação das autoridade de trânsito.O policiamento na Esplanada está reforçado desde o último domingo (5.set), quando as vias N1 e S1 foram interditadas devido ao grande fluxo de pessoas que chegavam à região. O acesso à Praça dos três poderes segue restrito".