Ferroviários de SP aprovam greve para esta 3ª feira
Liminar obriga grevistas a manterem 70% do efetivo nos horários de pico e 50% nos outros períodos
Os ferroviários das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), iniciarão uma greve à 0h de 3ª feira (24.ago), segundo anúncio feito nesta 2ª feira (23.ago) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (S.T.E.F.Z.C.B.). O ato durará por tempo indeterminado e foi confirmado em assembleia à noite.
De acordo com o sindicato, a paralisação passou a ser organizada após o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, descumprir promessa de que o governo estadual não recorreria de uma decisão judicial referente ao reajuste dos salários da categoria do ano passado e de 2021; o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), diz a entidade, determinou que os reajustes salariais dos 2.600 ferroviários abrangidos pelo S.T.E.F.Z.C.B. deveriam ser de 3,72% e de 3,06%, em 2020 e 2021, respectivamente.
Na tarde desta 2ª feira, uma audiência de conciliação, conduzida pelo desembargador Rafael Ribeiro, chegou a ser realizada no TRT-2. Na ocasião, visando a evitar a greve, a CPTM apresentou proposta, por exemplo, para que houvesse aumento salarial de 4% -- considerando a data-base 3/2020 --, com inclusão em folha de pagamento a partir de agosto deste ano e envio das diferenças retroativas a partir da folha de fevereiro de 2022, em dez parcelas sucessivas de mesmo valor. Porém, o sindicato apresentou uma contraproposta, para que as diferenças retroativas fossem pagas ainda a partir deste ano, e a Companhia não aceitou.
Agora, com a greve, segundo liminar do desembargador do TRT-2 -- que atende parcialmente a pedido feito pela CPTM --, os trabalhadores precisarão manter 70% do efetivo nos horários de pico -- das 5h às 9h e das 17h às 20h -- e 50% nos outros períodos. Se os percentuais forem desrespeitados, haverá análise em julgamento do dissídio.
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