Flordelis pode ser transferida novamente após "alvoroço" em Bangu
Ex-deputada, que teve prisão preventiva mantida, até distribuiu autógrafos para detentas
O secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Raphael Montenegro, pediu uma nova transferência da ex-deputada Flordelis dos Santos, acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo. Depois de passar a primeira noite na Cadeia Pública de Benfica -- porta de entrada do sistema penitenciário carioca --, ela foi levada ao Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, e agora, deve ir a uma unidade em Campo dos Goytacazes, cidade a 230 km da capital fluminense.
Em Bangu, está detida uma das netas de Flordelis, Rayane dos Santos Oliveira, também acusada de participar do assassinato do pastor Anderson do Carmo. O motivo da transferência da ex-deputada, segundo o advogado dela, porém, é outro. Ânderson Rollemberg afirma que a presença da pastora e cantora provocou um "grande alvoroço" na unidade prisional e teria até autografado Bíblias de colegas de cela. "Essa foi a razão de o secretário do Seap pedir para enviá-la para Campos [dos Goytacazes], tendo em vista que a presas a todo tempo querem conversar com ela, pegar autógrafos", relatou.
Presa desde 6ª feira (13.ago), Flordelis teve a prisão preventiva mantida pela 3ª Vara Criminal de Niterói. Ela segue proibida pela Justiça de fazer contato com os outros réus do mesmo crime, e cumpre pena em uma cela comum por não ter o segundo grau completo. No momento da prisão, ela foi conduzida carregando uma Bíblia entre os braços.
Em agosto do ano passado, dez pessoas foram denunciadas pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, entre elas, a ex-deputada. À época, ela não teve a prisão decretada devido à imunidade parlamentar, benefício perdido após a cassação do mandato por quebra de decoro. Flordelis nega as acusações.