Dano por rompimento em Mariana deve ficar em R$ 100 bilhões
Governador Romeu Zema afirmou que acordo deve ser selado até o 1º semestre de 2022 com Vale e BHP
Um acordo definitivo deve ser fechado até o primeiro semestre de 2022 entre as mineradoras Samarco, Vale, BHP e autoridades do Estado de Minas Gerais para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem no município de Mariana, em 2015. Segundo o governador Romeu Zema, a resolução pode chegar a R$ 100 bilhões.
O montante total é cerca de quatro vezes maior que um acordo inicial pelo desastre fechado em 2016, que permitiu o início dos trabalhos de reparação e a suspensão temporária de ações na Justiça. De acordo com Zema, o valor final acordado será distribuído entre os Estados de Minas Gerais (R$ 60 bilhões), Espírito Santo (R$ 20 bilhões) e União (R$ 20 bilhões).
Esta é a primeira vez que uma autoridade faz uma estimativa de montante definitivo para o desastre, que deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar capixaba.
As reparações em curso atualmente preveem um desembolso total de R$ 24,4 bilhões, dos quais já foram despendidos mais de R$ 13 bilhões, segundo informou a Vale. Do total, cerca de 5 bilhões de reais foram definidos para compensações de danos considerados irreversíveis. Esse montante, conforme explicou a empresa, não é objeto de renegociação.
