Barragem desativada da Vale corre risco de ruptura em Minas Gerais
Mineradora declarou que está adotando medidas para continuar a garantir a segurança dos trabalhadores
A Superintendência Regional do Trabalho (SRT) de Minas Gerais, responsável por interditar atividades de empresas no local, anunciou que a barragem da Vale, localizada na mina Alegria, em Mariana (MG), corre um grave e iminente risco de ruptura por liquefação.
A barragem, nomeada de Xingu, está interditada desde março do ano passado pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos. No entanto, alguns trabalhadores ainda executam atividades no local, o que motivou a ação dos fiscais trabalhistas.
Na última 6ª feira (4.jun), a Vale paralisou a circulação de trens da Estrada de Ferro Vitória, próxima à barragem, impedindo o escoamento do material produzido na Usina Timbopeba durante esse período e paralisando, temporariamente, a produção na unidade. A medida foi adotada após a SRT interditar as atividades de trabalho em áreas próximas à barragem.
Segundo a superintendência, "a análise dos documentos apresentados pela própria empresa revela que a barragem Xingu não apresenta condições de estabilidade, com alguns fatores de segurança para situações não drenadas inferiores a 1, oferecendo risco significativo e iminente de ruptura".
No entanto, a Vale afirma que não há risco iminente de ruptura e que não houve alteração nas condições ou nível de segurança da barragem, que permanece em nível 2. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que a barragem de Xingu é monitorada e inspecionada continuamente por equipe técnica especializada e está incluída no plano de descaracterização de barragens da companhia.
A mineradora ainda declarou que está adotando medidas, juntamente com a SRT, para continuar a garantir a segurança dos trabalhadores e permitir a retomada das atividades.