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Brasil

Entidades processam mercado devido à morte de jovens negros na Bahia

Ação civil pública pede reparação coletiva por parte da rede

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Frente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (Divulgação/TJBA)
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O Centro Santo Dias de Direitos Humanos, a Associação Educafro e o Odara Instituto da Mulher Negra protocolaram neste domingo (2.mai) - no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) - uma ação civil pública contra a rede de supermercados Atakadão Atakarejo, devido à morte dos jovens negros Bruno e Yan, que foram torturados e baleados após furtarem carne em Salvador.

A ocorrência é investigada pelo Ministério Público do estado (MPBA) e pela Polícia Civil. As famílias das vítimas acreditam que os rapazes tenham sido presos por seguranças do mercado - que fica no bairro Amaralina - e entregues por estes a traficantes dos município. Os corpos foram encontrados posteriormente no porta-malas de uma carro.

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Para o advogado Marlon Jacinto Reis, um dos co-autores da ação civil pública, "este caso comprova a existência do racismo como um dado estrutural. Não tem a ver com palavras. Os atos mostram que as vidas negras não importam no Brasil. Isso precisa mudar".

Processando a rede de supermercado, as antidades buscam reparação coletiva. A Educafro afirma que incentivará as famílias de Bruno e Yan a entrarem com ações individuais também, a exemplo do que ocorreu contra o supermercado Carrefour no caso de Beto Freitas, homem negro que veio a falecer após ser espancado por vigilantes do estabelecimento em Porto Alegre (RS).

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