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Marcola tem 1ª audiência após transferência para presídio federal

SBT teve acesso exclusivo aos vídeos da audiência; confira

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Audiência com Marcola
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Marco Herbas Willians Camacho, o Marcola, apontado pelo Ministério Público paulista como chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), prestou depoimento durante seis horas nesta 3ª feira (12.abr). O jornalismo do SBT teve acesso com exclusividade aos vídeos da audiência virtual em um processo sobre um possível plano para assassinar autoridades da segurança pública de São Paulo. Marcola nega pertencer ao PCC ou a qualquer outra facção criminosa. 

Em 2018, duas mulheres foram abordadas na saída da Penitenciária II de Presidente Venceslau, interior de São Paulo. À época, cumpriam pena na unidade criminosos considerados integrantes da cúpula na organização criminosa paulista. A Polícia Militar teria encontrado um bilhete codificado com Alessandra Cristina Vieira e Maria Elaine de Oliveira. Alessandra era companheira de Mauro Cesar Santos Silva, preso que dividia cela com Marcola. 

A Polícia Civil passou a apurar o caso. No relatório final da investigação, o delegado Éverson Contelli afirmou não ser possível traduzir a mensagem do bilhete e, como as imagens do presídio de segurança máxima não foram disponibilizadas, entendeu que não havia provas contra Marcola, as mulheres detidas e os maridos. O delegado disse ainda que a mensagem poderia ter sido "forjada por representantes do Estado ou por integrantes de alguma organização criminosa".

A pedido da Promotoria, agentes penitenciários conseguiram decodificar o bilhete. Segundo o Ministério Público, era uma ordem de dentro do presídio para que autoridades que atuam diretamente no enfrentamento ao PCC fossem assassinadas - entre elas, o promotor Lincoln Gakiya, que há 16 anos investiga a facção. Marcola e os outros suspeitos foram denunciados pelo crime de integrar associação criminosa. 

Assista:
 
 

Audiência


Foi a primeira vez que Marcola prestou depoimento à Justiça desde que foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília, onde passa 24 horas por dia isolado e só tem direito a oito horas de banho de sol por semana.

Na audiência, Marco Willians afirmou que os bilhetes são fruto de "jogo político". "Na época, os policiais plantaram essas cartas nas moças, que não têm nada a ver, eram só visitas. Ela foi presa injustamente para dar autenticidade (à versão de) que o crime organizado causaria mortes caso eu fosse transferido", disse Marcola.

Marco Willians se mostrou indignado com as acusações. "Eu não entendo como que eu fui parar nesse processo, entendeu? Porque meu nome não consta em lugar nenhum, não tem minha letra em lugar nenhum, não tem nenhuma pessoa me acusando de nada", afirmou. 

O processo está em andamento e tramita no Fórum de Presidente Venceslau. O promotor Lincoln Gakiya tem escolta permanente da Polícia Militar. O Ministério Público não tem dúvidas de que Marcola é o mentor do plano de assassinato frustrado. 
 

Defesa


Ao SBT News, o advogado Marco Antonio Arantes Paiva, representante de Marco Willians, disse que só vai se manifestar após a decisão judicial.

Assista à reportagem completa do SBT Brasil:
 
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