Família de adolescente que foi atropelada por ônibus pede Justiça
Garota de 17 anos teve a perna esquerda amputada por conta do acidente. Empresa diz que está prestando assistência
Rua em Guarulhos (SP)
Primeiro Impacto
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A adolescente Giovanna Almeida, de 17 anos, foi atropelada por um ônibus no fim do ano passado, em Guarulhos (SP), enquanto atravessava a faixa de pedestres. A garota perdeu uma das pernas por conta do choque.
Diante da situação, a família de Giovanna trava uma batalha na Justiça para que a empresa responsável pelo transporte arque com as despesas do tratamento e indenização. De acordo com a transportadora Vipol Transportes, foi realizado contato com a família, mas não teve retorno.
O acidente aconteceu na noite de 23 de novembro de 2020. Ela estava com o namorado quando foi atropelada em uma rua movimentada. A perna esquerda teve que ser amputada. "Eu não tenho vontade de levantar da cama, sabe? Eu não consigo mais fazer nada. Eu fico perguntando pra Deus se eu sou uma pessoa ruim? Se era pra ter acontecido isso comigo?", questiona Giovanna, aos prantos.
Moradores afirmam que o trânsito na região é perigoso, com tráfego intenso e que ônibus entram na rua em alta velocidade.
Giovanna tem direito ao seguro obrigatório de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). No entanto, de acordo com a mãe da adolescente, Regina Almeida, o processo está lento. O pai, Rui Matos de Almeida, afirma que a família não tem condições de custear o tratamento.
Um e-mail da empresa responsável pelo ônibus foi enviado. No documento, a companhia pede que a família forneça vídeos do acidente, um valor para indenização total de "quitação da possibilidade de qualquer responsabilidade da empresa".
O irmão de Giovanna, Gustavo Almeida, afirmou que a família não teve acesso a nenhuma imagem do acidente. Em nota, a Vipol Transportes disse que entrou em contato com a família em 30 de dezembro e desde então tem prestado assistência. Além disso, afirma que aguarda um comprovante de todos os gastos para ressarcimento.
A empresa ainda diz que entrou em contato em 8 de janeiro, mesmo sem o envio dos documentos, mas disse que não recebeu nenhuma informação e que, com isso, "entendemos não estar havendo negligência ou omissão por nossa parte".
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, um boletim de ocorrência foi registrado cinco dias depois do acidente, descartando a possibilidade de perícia. O caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.