Blindado usado pela PM na Cidade de Deus passa por perícia
Além do veículo, dois fuzis foram apreendidos. Familiares e moradores acusam policiais militares pelo crime.
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Peritos da Polícia Civil do Rio realizaram, na manhã desta 3ª feira (5.jan), uma perícia no veículo blindado usado pelos policiais militares na última 2ª feira (4.jan) na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio. O marmorista Marcelo Guimarães, de 38 anos, foi morto com um tiro no peito. Familiares acusam a PM pelo disparo.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Os PMs que estavam no blindado prestaram depoimento durante a madrugada. Os dois fuzis usados pelos agentes também foram apreendidos para a perícia.
Em nota, a PM do Rio afirmou que houve confronto no momento na localidade conhecida como Tijolinho, versão que é contestada pelos moradores, que afirmam que no local havia apenas o caveirão, que estava no local desde a última 6ª feira (1.jan).
Policial faz ameaça em rede social
Um agente do 18º Batalhão (Jacarepaguá), o mesmo batalhão suspeito de estar envolvido na morte de Marcelo Guimarães, postou nas próprias redes sociais uma ameaça a moradores da Cidade de Deus após a morte do marmorista, ainda na 2ª feira (4.jan).
"Já estou com dois caveirões e trinta e oito policiais na base. Se sair para fazer gracinha, vão se machucar", dizia o policial na postagem, que foi apagada. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro repudiou a publicação e afirmou que convocou o militar para depor e que um procedimento foi aberto.
No início da tarde de 2ª, moradores fecharam a Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, por meia hora, em protesto.
Cidade de Deus virou palco de disputa entre traficantes e milicianos
Conhecido local dominado pelo tráfico de drogas, tendo até virado filme indicado ao Oscar, a Cidade de Deus se tornou alvo de disputa entre o Comando Vermelho, maior facção criminosa que atua no Rio de Janeiro, e grupos milicianos que dominam os bairros no entorno, como Vargem Grande, Gardênia e Rio das Pedras.
Em 2020, segundo a plataforma Fogo Cruzado, a Cidade de Deus foi o segundo bairro que mais registrou trocas de tiros: 123, atrás apenas da Vila Kennedy, que registrou 319 trocas de tiros.
O bairro tinha uma Unidade de Polícia Pacificadora que foi inaugurada em 2011. A UPP foi desativada em julho de 2018, quando se tornou uma unidade destacada do 18º BPM (Jacarepaguá). A sede da UPP ficava na Rua Edgar Werneck, mesma rua onde Marcelo foi morto.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. Os PMs que estavam no blindado prestaram depoimento durante a madrugada. Os dois fuzis usados pelos agentes também foram apreendidos para a perícia.
Em nota, a PM do Rio afirmou que houve confronto no momento na localidade conhecida como Tijolinho, versão que é contestada pelos moradores, que afirmam que no local havia apenas o caveirão, que estava no local desde a última 6ª feira (1.jan).
Policial faz ameaça em rede social
Um agente do 18º Batalhão (Jacarepaguá), o mesmo batalhão suspeito de estar envolvido na morte de Marcelo Guimarães, postou nas próprias redes sociais uma ameaça a moradores da Cidade de Deus após a morte do marmorista, ainda na 2ª feira (4.jan).
"Já estou com dois caveirões e trinta e oito policiais na base. Se sair para fazer gracinha, vão se machucar", dizia o policial na postagem, que foi apagada. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro repudiou a publicação e afirmou que convocou o militar para depor e que um procedimento foi aberto.
No início da tarde de 2ª, moradores fecharam a Linha Amarela, uma das principais vias expressas da cidade, por meia hora, em protesto.
Cidade de Deus virou palco de disputa entre traficantes e milicianos
Conhecido local dominado pelo tráfico de drogas, tendo até virado filme indicado ao Oscar, a Cidade de Deus se tornou alvo de disputa entre o Comando Vermelho, maior facção criminosa que atua no Rio de Janeiro, e grupos milicianos que dominam os bairros no entorno, como Vargem Grande, Gardênia e Rio das Pedras.
Em 2020, segundo a plataforma Fogo Cruzado, a Cidade de Deus foi o segundo bairro que mais registrou trocas de tiros: 123, atrás apenas da Vila Kennedy, que registrou 319 trocas de tiros.
O bairro tinha uma Unidade de Polícia Pacificadora que foi inaugurada em 2011. A UPP foi desativada em julho de 2018, quando se tornou uma unidade destacada do 18º BPM (Jacarepaguá). A sede da UPP ficava na Rua Edgar Werneck, mesma rua onde Marcelo foi morto.
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